sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ração Humana ( O que é?)


O nome esdrúxulo do composto que a poucos dias do verão tornou-se a nova promessa para perda de peso rápida tem feito a cabeça e enchido o estômago de muita gente. Os nutricionistas, porém, alertam que a chamada ração humana, à base de cereais integrais e, energéticos como aveia em flocos, linhaça, gérmen de trigo, açúcar mascavo, gergelim com casca, fibra de trigo, gelatina, cacau, levedo de cerveja, guaraná em pó, apesar de fazer bem à saúde não deve substituir refeições. Mesmo que esta esteja sendo a fórmula para os adeptos da ração perderem até oito quilos em um mês.

A mistura de alimentos é muito rica em fibras e por ser integral e sem refinamento é capaz de manter boa parte de suas vitaminas e minerais, Mas não existe pozinho milagroso. Este é só mais um que virou moda entre um público que quer resultados imediatos e não pensa na educação alimentar. Não dá para ingerir apenas isso, ficam faltando nutrientes essenciais – garante a nutricionista Yilma Blondet, professora e pesquisadora da Universidade Federal ‘Fluminense (UFF).

Devido à quantidade grande de fibras na mistura, depois de ingerido provoca sensação de saciedade. Principalmente a fibra solúvel. Ajuda ainda o intestino a trabalhar melhor, não aumenta o colesterol e equilibra o organismo.

Mas, e os nutricionistas não cansam de repetir, deve atuar como coadjuvante de um cardápio, e nunca virar o carro chefe dele.
- A ração deve vir associada a uma dieta restrita em energia, para propiciar o emagrecimento, e à atividade física, fundamental para mudança de composição corporal, ou seja, aumento da massa muscular.

Recomenda-se ainda a ração para pessoas que se alimentam mal, sofrem com imunodeficiência ou estão se recuperando de períodos de convalescença. É um composto que sacia e que gera energia. Os ingredientes todos fazem muito bem à saúde. Se
Ingerida com sucos ricos em vitamina C, como por exemplo, caju, acerola, laranja, os efeitos da linhaça e do Colágeno será potencializado.

Os sites e blogs que promovem a ração humana, vendem o produto (já são mais de 500 pontos de venda da ração no Brasil todo) e divulga receitas caseiras de preparo e informações sobre a mistura recomendam até duas colheres de sopa o farelo por dia. Essa quantidade vai significar 80 quilocalorias (kcal).

Outros, com nutricionistas abalizando as informações, garantem que a ração não pode substituir qualquer refeição. O composto pode ser consumido com frutas, em vitaminas, em sucos, com leite de soja ou desnatado, iogurte. Há a versão light que não contém açúcar mascavo, indicada para diabéticos. Quem tem pressão alta deve procurar, ou fazer, uma mistura sem guaraná em pó. Restringir a ingestão, da ração a duas colheres de sopa por dia, é importante, porque todos os alimentos do preparo são altamente calóricos. Por conterem alto teor de lipídios – sim, insaturados, e por isso benéficos à saúde – engordam.

- Deve-se ter atenção à quantidade consumida, porque senão o emagrecimento pode não acontecer – diz Vilma Blondet, nutricionista, que critica o consumo exclusivo da mistura porque a fonte de proteína é apenas vegetal, deixando uma carência na fonte de proteínas de origem animal.

Para a coordenadora da pós-graduação em Nutrição Esportiva da Estácio de Sá, Ana Celi Pimentel de Souza, o problema da ração humana como substituta das refeições é que a dieta só vai dar certo pontualmente, por pouco tempo.
– Ela pode funcionar para uma noiva que está a 20 dias do casamento e não cabe no vestido. Mas não fará aquela noiva ser magra a sua vida toda. O que faz uma pessoa manter-se magra são as mudanças dos hábitos alimentares junto com a atividade física. E ninguém vai aguentar comer ração humana a vida toda – defende a professora. O preparo, no entanto, tem qualidades inquestionáveis e pode mesmo ser um aliado no emagrecimento.

Como aliviar a dor da queimadura de sol


Você não conseguiu ficar longe do sol, não é? As dicas a seguir devem aliviar o desconforto e ajudar sua pele a se curar.

Aplique compressas de água gelada. Molhe um pano com água gelada e aplique diretamente nas áreas queimadas (não aplique gelo ou bolsas de gelo) por vários minutos, molhando o pano repetidamente para mantê-lo gelado. Aplique a compressa diversas vezes para aliviar o desconforto.

Você pode adicionar um produto suavizante, como bicarbonato de sódio ou aveia à compressa de água. Apenas misture um pouco de bicarbonato na água antes de molhar o pano ou embrulhe aveia seca numa gaze de algodão e passe na água. Depois jogue a aveia fora e molhe o pano na água que restou.

Não volte para o sol. A pele queimada é muito mais vulnerável a outras queimaduras, então fique fora do sol por alguns dias para evitar mais danos à sua pele. Saiba que, quando você estiver fora de casa durante o dia, mesmo na sombra, você está exposto à luz ultravioleta. Os raios ultravioleta podem penetrar pelas roupas. Pelo menos 50% dos raios nocivos do sol penetram pela roupa. Então, se você já está queimado de sol, ficar em casa é a melhor opção.

Além de ficar longe do sol, é importante ficar num lugar frio. Uma queimadura faz com que os vasos sangüíneos da pele se dilatem e irradiem calor para a sua pele. Você ficará mais confortável se baixar a temperatura do quarto e o mantiver frio.

Tome um banho. Entrar em uma banheira de água fria é uma ótima maneira de refrescar a queimadura e melhorar as dores, especialmente se a queimadura é grande e numa região difícil de alcançar (como suas costas). Evite usar sabonete, pois pode irritar e ressecar sua pele. Se sentir que precisa usar o sabonete, use um suave e enxague bem. Não use pano, esponja e bucha.

Se você se sentir tentado a ficar na banheira por horas, tome uma chuveirada fria. Ironicamente, encharcar-se por muito tempo pode agravar o ressecamento da pele, o que pode aumentar a coceira e o descascamento.

Acrescente aveia. Adicionar um pouco de aveia ou bicarbonato de sódio na água do banho pode ajudar a suavizar a pele ainda mais do que aplicar as compressas ou apenas encharcar-se só de água.
Prepare a aveia para a compressa, segurando a trouxa debaixo da torneira enquanto a banheira enche, ou compre pó de aveia numa farmácia ou numa loja de produtos naturais e siga as instruções. Se for usar bicarbonato de sódio, salpique generosamente na água. Não permaneça mais do que 15 ou 20 minutos no banho, para evitar o ressecamento da pele.

Hidratação. O sol resseca a superfície da pele e faz com que as células e vasos sangüíneos vazem, causando desidratação. Os banhos e as compressas fazem com que você se sinta melhor, mas podem roubar a hidratação da sua pele machucada. Para prevenir o ressecamento, aplique um hidratante imediatamente após o banho. Para um alívio refrescante da dor e do ressecamento, deixe o hidratante na geladeira antes de usar.

Que venha o aloe vera. O suco grosso, com aspecto de gel, da planta aloe vera faz com que os vasos sangüíneos se contraiam e ajuda a aliviar as dores e limitar a vermelhidão ao ser aplicado sobre uma queimadura recente. As plantas aloe vera estão disponíveis em estufas. Corte uma folha grande e aplique o gel diretamente na queimadura. Aplique de cinco a seis vezes por dia durante vários dias.

Tome água. Você pode ficar desidratado se tiver uma queimadura séria. Beba muito líquido, especialmente água, como se estivesse com febre. É possível determinar se você está hidratado no banheiro: se sua urina estiver relativamente clara, você está bem. Se estiver escura, você precisa beber mais água.

Tente usar um anestésico tópico. Anestésicos tópicos podem oferecer alívio temporário para a dor e a coceira. Procure usar produtos que contenham lidocaína. Já que algumas pessoas têm reações alérgicas a tais produtos, teste uma pequena área da pele antes de aplicar sobre o restante do corpo.

Anestésicos tópicos são vendidos tanto em creme como em spray. O spray é mais fácil de aplicar na queimadura, especialmente se ela for muito grande. Se você usar um, evite aplicar diretamente no rosto. Aplique em uma gaze e salpique suavemente no rosto.

Preste atenção nas bolhas. Uma queimadura de sol séria pode criar bolhas na pele. As bolhas de queimadura podem ser sérias ameaças, então se a sua pele está coberta por essas feridas, procure um médico imediatamente. Se você tiver apenas algumas pequenas bolhas, preste atenção para que elas não inflamem. Não as estoure ou retire a camada de pele protetora.

O tempo é o melhor remédio. No final das contas, o que vai mesmo curar suas queimaduras de sol é o tempo. Mesmo se suas queimaduras estiverem curadas, tome cuidado com o sol, porque demorará vários meses para que sua pele retorne ao mesmo nível de sensibilidade. Se você ficar exposto ao Sol enquanto sua pele ainda está se curando, ela irá queimar mais rápido e ficará mais danificada do que antes.

Manual para proteger as crianças de picada de insetos


Todo verão é a mesma coisa. De dia são os borrachudos que insistem em atacar as pernas do seu filho e à noite, os pernilongos que não o deixam dormir (e nem você!). Mesmo vivendo na cidade, é praticamente impossível se livrar ainda das formigas, aranhas e pulgas. E as crianças são mais sensíveis e podem apresentar reações que vão de coceira no local da picada a alergias.

Nas áreas verdes, há risco ainda de abelhas e vespas. Se a criança tem histórico de alergia, os sintomas podem ser mais graves, como dificuldade para respirar. Escorpiões e cobras são mais raros, mas devido ao risco de morte em virtude do veneno não devem ser ignorados.

Como prevenir?
Os cuidados para proteger o seu filho dessas companhias desagradáveis são os mesmos de anos atrás. Telas nas janelas, higiene e dedetização frequente dos ambientes.

As fórmulas dos inseticidas estão menos agressivas. Por isso, eles podem ser aplicados no quarto de três a quatro horas antes da família se deitar. Convém, entretanto, arejar o local uma hora antes. Já os repelentes de tomada devem ser colocados, de preferência, na parede oposta da cama da criança. Se o seu filho possui algum tipo de alergia respiratória, como asma ou rinite, consulte o pediatra antes.

Ao ar livre, o melhor é usar repelentes (em crianças a partir de 6 meses) infantis e roupas que cubram a maior parte da pele. “O indicado é que o repelente seja aplicado nas crianças, no máximo, três vezes por dia, e só nas áreas que ficam expostas. Mais que isso pode causar intoxicação”, diz Rubens Leite, do departamento de dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

O repelente mais eficaz deve ter uma substância chamada DEET, com percentual menor que 20% para consumo infantil. A informação vem no rótulo. O repelente deve ser aplicado sobre a roupa, antes de a criança vesti-la – mas teste antes pois pode estragar o tecido. O produto pode ser usado a partir de 2 anos.

Lembre-se de que os insetos, em geral, atacam os seres humanos para se defender. Assim, para evitar as picadas de abelhas, formigas e marimbondos, por exemplo, ensine a criança a manter distância e jamais atacar as colônias. Outra medida importante é evitar brincadeiras perto de buracos, telhas e madeiras.

Primeiros socorros
No caso de picadas de insetos, tire o ferrão (se houver) da pele e, em seguida, lave o local com água e sabão. Depois, use uma pomada antiinflamatória indicada pelo pediatra e deixe a unha do seu filho sempre curta, assim ele não irá se arranhar ao coçar. Observe, então, as reações da criança.

Se ela tiver dor, manchas vermelhas no corpo, inchaço nos olhos e na boca e dificuldade para respirar, leve-a ao pronto-socorro imediatamente. Vale a mesma recomendação se o bicho for venenoso, como cobras e escorpiões.

Repelentes naturais
Se você quiser experimentar métodos mais naturais para afugentar os pernilongos, use 1 parte de óleo essencial de citronela misturada a 3 partes de óleo-base ou corte uma laranja ao meio, espete cravos-da-índia em cada metade e coloque-as sob a cama das crianças. Confira outras dicas. Vale tentar!

Fontes: Hamilton Robledo, coordenador do Pronto-Socorro Infantil do Hospital São Camilo (unidade Pompéia); Rafael Freitas, pesquisador do Laboratório de Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz; Luciana Baptista, dermatologista da Sociedade Brasileira de Pediatria

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

10 perguntas sobre bronzeamento


Conquistar um corpo dourado é o desejo de quase todo mundo no auge do verão. Mas expor-se aos raios solares pode custar um preço muito alto, que vai de queimaduras e descamação até o câncer de pele

1 - Além de satisfazer a vaidade, qual a importância do bronzeamento para o corpo?

O bronzeado intenso só vale para agradar a vaidade, não é sinal de saúde. “Ele indica que a pele foi agredida”, ensina a dermatologista Ediléia Bagatin, da Universidade Federal de São Paulo. Já aquele leve ar corado de quem tomou um pouco de sol é diferente: “Isso, sim, é fundamental”, diz a especialista. O sol leva o organismo a absorver a vitamina D — substância que nos ajuda a aproveitar o cálcio da comida. Esse mineral, sempre é bom lembrar, é indispensável para a formação e a manutenção dos ossos. Em resumo, uma pitada de sol é capaz de prevenir a osteoporose, doença em que o esqueleto fica enfraquecido. No entanto, meia hora de exposição aos raios solares por dia já é o suficiente para você obter os benefícios. “Faça isso sempre antes das 10 e depois das 15 horas”, recomenda Ediléia.

2 - Alguns alimentos podem acelerar o bronzeamento?

Quem se esbalda com cenoura, beterraba, mamão ou caqui dá a impressão de que se bronzeia mais depressa. Essas comidas não estimulam o pigmento da pele, a melanina, como no verdadeiro bronzeado. Na verdade, elas são ricas em outro pigmento, o caroteno, que se deposita na pele. “Essa substância lhe dá um tom amarelado”, conta Ediléia Bagatin.

3 - Os autobronzeadores oferecem algum risco à pele?

Não, a menos que o indivíduo tenha alergia aos seus componentes. “O único problema é que esses cosméticos são à base de corante e eles podem deixar algumas manchas”, alerta a dermatologista Zilda Najjar, da Universidade de São Paulo. “Nesse caso, a pessoa ficaria com faixas de ‘cores’ diferentes.” Os pigmentos presentes na fórmula dos autobronzeadores impregnam a pele e, assim, podem “bronzear” sem sol. Se a sua escolha recair sobre eles, lembre-se de passá-los só uma vez por dia e no corpo inteiro de maneira uniforme, para evitar aquele efeito zebra.

4 - É verdade que existem pessoas alérgicas ao sol?

Sim, é verdade. Para alguns indivíduos um simples banho de sol é capaz de provocar erupções dolorosas na pele. “No entanto, esse problema não é comum”, garante a dermatologista Ediléia Bagatin. No caso, pode-se dizer que existe mesmo uma alergia ao sol. Só que essa reação alérgica nunca aparece do nada. “Ela é mais freqüente quando a pessoa já tem alguma doença de pele ou está tomando algum remédio.” As drogas mais perigosas, nesse aspecto, são os antibióticos e as pílulas anticoncepcionais. “Eles aumentam a sensibilidade aos raios solares”, esclarece a dermatologista Shirlei Borelli, de São Paulo.

5 - Os bronzeadores à base de urucum são os melhores?

“Não, isso é um absurdo”, alerta Ediléia Bagatin. “Em primeiro lugar, o termo bronzeador não deveria nem existir. Isso porque não há nenhum produto capaz de estimular o bronzeado.” Em outras palavras, só a radiação solar consegue estimular a melanina, o pigmento que escurece a pele. O que existe na formulação dos cosméticos são outros pigmentos que se depositam no corpo e enganam os olhos, conferindo o tom alaranjado. E muita atenção: o urucum é totalmente contra-indicado. “Ele provoca queimaduras, pois seus componentes aumentam a ação dos raios ultravioleta”, diz Ediléia.

6 - O que devo fazer para evitar o ressecamento e tratar as queimaduras?

O calor do sol acaba ressecando a pele. “Para impedir que isso ocorra, use sempre um filtro solar com creme hidratante”, recomenda Zilda Najjar. É preciso repor a água perdida. Por isso, também tome um banho rápido, de preferência frio ou morno, depois da exposição. Já o tratamento das queimaduras vai depender da gravidade delas. “Se forem só bolhas pequenas e superficiais, que se rompem durante o banho, evite o sol por uma semana e use um creme hidratante”, ensina Zilda. “Mas, se elas forem grandes e profundas, não deixe de procurar um médico.”

7 - O bronzeamento artificial leva ao câncer de pele?

“Se ele for realizado com freqüência, pode levar, sim, ao câncer de pele”, afirma Shirlei Borelli. As câmaras de bronzeamento artificial emitem separadamente os raios ultravioleta A e B ou os dois juntos. Hoje em dia, as mais comuns são aquelas que usam apenas o UVA. “Elas são menos cancerígenas do que as de UVB apenas, mas também levam aos tumores com o tempo”.

8 - Os bloqueadores e os filtros solares devem ser usados mesmo em dias nublados e chuvosos?

Sim, pois os raios ultravioleta — aqueles que provocam o envelhecimento precoce e o câncer de pele — não têm nenhuma dificuldade para passar pelas nuvens. E mais: num dia nublado a radiação infravermelha, que dá a sensação de calor, não chega até nós. “A gente perde a noção de termômetro e não percebe que está se queimando”, diz Ediléia Bagatin. Portanto, nunca deixe de se proteger.

9 - Quantas vezes por semana eu posso usar essas camas de bronzeamento artificial? É preciso aplicar filtro solar?

“É melhor que a pessoa esteja sem nenhum produto sobre a pele no momento do bronzeamento artificial, a não ser em áreas muito sensíveis, como os mamilos”, opina Shirlei Borelli. A freqüência de exposição varia de pessoa para pessoa. Mas a prática é desaconselhada pela imensa maioria dos especialistas. “Em princípio, ninguém deveria submeter-se ao bronzeamento artificial”, aconselha Maurício Alchorne, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Se, por acaso, a pessoa for um artista ou um modelo e tiver realmente a necessidade de mudar o tom da pele por causa do trabalho, tudo bem, desde que o uso dessas câmaras não se torne um hábito.” Aí, sim, mora o perigo.

10 - O bronzeamento artificial deixa a pele envelhecida?

Sim. E muito. Uma das características das ondas ultravioleta A — as mais freqüentes nas câmaras de bronzeamento — é que atingem as camadas mais internas da pele. Assim, há menos chance de causar vermelhidão e queimaduras do que a luz solar natural. “Em compensação, como essa radiação penetra mais profundamente, acaba provocando um envelhecimento muito mais acelerado”, revela Zilda Najjar. O risco de câncer também pode ser maior.


A exposição moderada aos raios solares ajuda a prevenir a osteoporose

• Os raios do bronzeamento artificial são iguais aos do sol. Só que eles levam ao envelhecimento precoce mais rápido. Sem contar que também oferecem o risco de câncer de pele

• Todo ano surgem cerca de mil novos casos de câncer de pele no Brasil. Em um país ensolarado como o nosso, o filtro solar deve ser usado diariamente

• Usar chapéu é uma boa dica para se proteger do sol. Quem abre mão do acessório deve usar um filtro com fator de proteção 15, todos os diasSe você fica vermelho depois de 5 minutos de sol, vai demorar 10 vezes mais tempo — ou seja, 50 minutos — se usar um filtro com FPS 10

O Verão e você!


Durante todos os dias do ano devemos ter cuidado com os alimentos que ingerimos, afinal, somos o que comemos. E mesmo assim é difícil encontrar uma única pessoa que nunca tenha tido reações indesejáveis a algum tipo de alimentação.

Dores de cabeça, dores no estômago, enjôos, vômitos, diarréia e às vezes até mesmo febre; são sintomas de uma possível Intoxicação Alimentar, doença que nesta época do ano dobra o seu número de vítimas.

As melhores condições para a proliferação de bactérias estão em um ambiente quente (até 65ºC) e úmido, e se isso estiver associado a más condições de higiene e principalmente más condições de armazenamento as chances de um alimento “fazer mal” são de praticamente 100 %.
É isso que faz do verão a época do ano mais propícia a surtos de doenças veiculadas por alimentos.

As pessoas vão viajar e é claro, saem dos seus hábitos alimentares. O consumo de frutos do mar nesta época do ano triplica; ( é importante salientar que os frutos do mar não são vilões quando bem preparados e armazenados), as pessoas por estarem “de férias” deixam de se preocupar com a alimentação.

Para que você possa aproveitar todas as épocas do ano e principalmente o verão existem algumas dicas que podem ser seguidas, destacamos algumas principais para você:

Durante as viagens:
- Lavar bem as mãos antes das refeições, antes de preparar alimentos e principalmente após usar o banheiro
- Não consumir frio, alimentos que deveriam ser servidos quentes, por exemplo; espetinho de camarão.
- Dar preferência a frutas e alimentos leves, sem cremes ou maionese.
- Mas se for impossível resistir, dê preferência a alimentos fritos na hora (altas temperaturas eliminam agentes patogênicos), dê sempre uma olhadinha no óleo da fritura, óleo sujo contém uma substância chamada acroleína, que não causa Intoxicação Alimentar, mas causa uma azia...)
- Beba bastante líquidos e principalmente água, já que você vai precisar repor todos os minerais que perder através do suor naqueles maravilhosos dias de calor.

Dicas para seguir em casa:
- Lavar muito bem as mãos antes das refeições, antes de preparar alimentos e principalmente depois de usar o banheiro.
- Cozer bem os alimentos e resfriá-los o mais rápido possível.
- Não usar os mesmos utensílios para preparar alimentos crús e cozidos.
- Lavar bem as tábuas de carne antes de cortar sobre elas alimentos cozidos, ou qualquer outro tipo de alimento, crú ou cozido.

Adoçantes fazem mal à saúde?


No início, apareceu a Sacarina, logo depois, os derivados os Ciclamatos. Foram tempos revoltos para os adoçantes, na época derivados do petróleo, quando foram acusados de aumentar a incidência de câncer na bexiga.

Até hoje os Ciclamatos são proibidos em alguns países.


Surge o Aspartame e com ele a polêmica

Os laboratórios evoluíram e surgiu então o Aspartame. Adoçando, 200 vezes mais que o açúcar branco, a princípio parecia um achado da ciência.

Entretanto, a combinação química com o álcool metílico / metanol, altamente tóxico, presente no produto, suscitaram várias interpretações.

O certo é que as quantidade de metanol e as dosagens utilizadas são realmente muito pequenas, considerando-se então que não há o risco de intoxicação.

Entretanto, muitos questionam sobre o efeito cumulativo a médio e longo prazo. O metanol é uma toxina potente e pode causar cegueira quando consumido em excesso.

O Aspartame é considerado por alguns como uma neurotoxina (mata neurônios) além de provocar câncer (carcinogênico).

O impacto na comunidade médico científica foi maior depois que a Fundação Européia de Oncologia e Ciências do Meio Ambiente B. Ramazzini, localizada em Bolonha, Itália, anunciou os resultados de um estudo que "mostram pela primeira vez que o aspartame é um agente cancerígeno".[1]

"O estudo gera novas dúvidas sobre os vínculos em potencial entre a exposição ao aspartamo e o câncer, embora confirme a ausência de ligação entre o aspartamo e tumores cerebrais", destacou a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos (AFSSA).

A Autoridade Européia de Segurança Alimentar, divulgou em maio de 2006 um parecer sobre o estudo realizado pela fundação italiana, considerando que os resultados não eram totalmente conclusivos, suscitando a dicotomia de fato ou mito, que envolve o Aspartame.


Ninguém se entende

A confusão parecer ser tamanha que a ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, autoriza o uso do Aspartame em gestantes, fato que causa muita revolta em alguns médicos. Considerados inofensivos aos adultos, as gestantes jamais devem fazer uso do aspartame, porque os seus efeitos sobre o feto ainda são incertos!

Segundo o FAQ da ANVISA, o questionamento “o aspartame pode ser consumido por grávidas e crianças?” é respondido com um sonoro “Sim”.

Segundo a Agência, “o metabolismo do aspartame já foi estudado nestes grupos da população, não havendo até o presente evidências científicas de que gestantes e crianças metabolizem o aspartame diferentemente de um adulto normal.”

Esse posicionamento parece levar em consideração somente a saúde da gestante, e não a do feto.

O próprio site da ANVISA entra em contradição ao não recomendar o uso de Aspartame para os portadores de uma deficiência rara, chamada fenilcetonúria.

Essa enfermidade, que exige uma dieta rigorosa, é detectada através do teste do pezinho, após o nascimento do bebê. Então, a questão é: como saber se aquele bebê que está em gestação não será um portador dessa doença?

Os próprios fabricantes contrariam a ANVISA, desaconselhando na própria embalagem o uso do produto por gestantes.

Tanto é que a legislação brasileira obriga que os alimentos que contém aspartame tragam no rótulo a seguinte advertência em destaque e negrito: CONTÉM FENILALANINA


Fique de olho no sódio dos adoçantes

Além de toda essa polêmica que envolve o Aspartame, os adoçantes em geral apresentam uma quantidade considerável de sódio em sua composição.

Os portadores de problemas renais e cardíacos, principalmente pressão alta, precisam ficar atento à quantidade de sódio dos adoçantes.



Uso com moderação

É importante também, ficar de olho no rótulo dos produtos. Na própria embalagem vem descrito o limite diário de consumo máximo do produto.

Esse limite deve ser obedecido para evitar que o acúmulo dos resíduos tóxicos do produto possam causar danos ao organismo.

Veja o quadro de Quantidade máxima diária de consumo de adoçantes

Edulcorante - Quantidade máxima por dia
Sacarina - 5,0 mg / kg de peso
Ciclamato - 7,0 mg / kg de peso
Aspartame - 40,0 mg / kg de peso
Steviosídeo - 5,5 mg / kg de peso
Acesulfame K - 15,0 mg / kg de peso
Sucralose - 5,0 mg / kg de peso
Xilitol, Manitol, Sorbitol - 15,0 mg / kg de peso


INMETRO detecta problemas em adoçantes

Não bastasse toda essa confusão em torno do tema, o INMETRO realizou testes de laboratórios com adoçantes comercializados nas prateleiras do comércio brasileiro.

Segundo o estudo divulgado pelo INMETRO [2], “a tendência de não conformidade dos adoçantes ficou bastante evidenciada com relação à rotulagem, o que impacta na quantidade de informações que o consumidor deve ter sobre cada produto”.

Os números são surpreendentes: das 21 marcas analisadas, 33% das marcas de adoçante de mesa em pó, 50% de adoçante dietético em pó e 33% dos adoçantes dietéticos líquidos, foram consideradas “Não Conformes”.

Além disso, algumas marcas estavam com o registro no Ministério da Saúde vencido, ou seja, nem deveriam estar nas prateleiras.


Risco para os consumidores

Ainda segundo o Instituto, uma das marcas de adoçantes apresentou indevidamente glucose em sua composição, “o que é inadmissível por se tratar de adoçante dietético, recomendado para pessoas com restrição de açúcar”, afirma o estudo.

Outra marca de adoçante dietético líquido, indicou a presença de 0,9 mg/kg de cromo, nove vezes maior que o limite máximo de tolerância (LMT), estipulado na legislação brasileira.

“A ingestão excessiva de cromo pode ocasionar intoxicação no consumidor”, reforça o estudo.


Usar ou não usar

Depois de toda essa polêmica, uma coisa parece ser definitiva: ainda há muito o que se pesquisar sobre o tema, até chegarmos a uma posição definitiva.

Uma coisa é certa: gestante, procure orientação junto ao seu médico antes de consumir qualquer produto com adoçante.