sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Perguntas freqüentes sobre doação de sangue


- Doar sangue engorda ou faz emagrecer?
Ao doar sangue você não engorda nem emagrece.

- Doar sangue engrossa ou afina o sangue?
Não engrossa nem afina o sangue, é apenas um mito.

- Doar sangue vicia?
Não. A doação de sangue não está relacionada a nenhuma dependência.

- É preciso algum documento de identidade?
Sim. O candidato deve apresentar documento original com foto, expedido pelo órgão oficial. Exemplos: Carteira de Identidade (RG ou RNE), Passaporte, Carteira de Trabalho, Carteira de Identidade de Profissional, Carteira Nacional de Habilitação com foto e Certificado de Reservista.

- Fiz uma tatuagem há um ano. Posso doar?
Sim. Quem fez tatuagem há mais de um ano pode doar sangue.

- Há substituto para o sangue?
Não. Ainda não há nenhum substituto do sangue.

- O que é sangue universal?
Hoje sabemos que não existe sangue universal. Todas as pessoas têm características diferentes e por isso, quando necessitam de transfusão de sangue, precisamos fazer exames pré-transfusionais independente do grupo sangüíneo do doador e do receptor.

- O que é feito com o sangue que doamos?
Após a coleta, a bolsa coletada é fracionada em componentes sangüíneos (concentrado de hemácias, de plaquetas e plasma). Esses componentes são liberados para uso somente após o resultado dos exames. As unidades que apresentam reatividade sorológica são descartadas. Uma única unidade doada pode beneficiar três pacientes.

- O que é sangue raro?
É um sangue com característica especifica de baixa freqüência na população e algumas vezes, pode ser uma característica familiar.

- O que se consegue em troca da doação de sangue?
A satisfação de beneficiar pessoas que não têm outra opção e dependem do gesto de pessoas como você para se sentir melhor.

- Tomei vacina para Hepatite B. Posso doar sangue?
A vacinação para Hepatite B impede a doação por 48 horas.

- A mulher pode doar sangue durante o período menstrual?
Sim.

- Doar sangue dói?
Não.

- O que acontece se uma pessoa que não sabe se está anêmica quiser doar sangue?
O candidato à doação é atendido por um profissional do Serviço de Hemoterapia, que realiza um teste rápido para verificar se o doador está ou não anêmico.

- O que são situações de risco acrescido para se transmitir doenças através da doação de sangue?
Ter múltiplos parceiros sexuais ocasionais ou eventuais sem uso de preservativo, usar drogas ilícitas, ter feito sexo em troca de dinheiro ou droga, ter sido vítima de estupro, ser parceiro sexual de pessoa que tenha exame reagente para infecções de transmissão sexual e sangüínea, ter parceiro sexual que pertença a alguma das situações acima, dentre outras.

- O uso de medicamento pode impedir alguém de doar?
O uso de medicamento deve ser analisado caso a caso. Portanto, antes de doar consulte o Serviço de Hemoterapia.

- Quanto tempo dura a doação?
O procedimento todo (cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta do sangue e lanche) leva cerca de 40 minutos.

- Quanto tempo leva para o organismo repor o sangue doador?
O organismo repõe o volume de sangue doado nas primeiras 24 horas após a doação.

- Quem está fazendo regime para emagrecer ou dieta pode doar sangue?
Sim. Dietas para emagrecimento não impedem a doação de sangue, desde que a perda não tenha comprometido a saúde.

- Quem estiver fazendo tratamento homeopático pode doar sangue?
Sim.

- Quem estiver fazendo tratamento com algum antibiótico pode doar sangue?
Depende do porquê a pessoa está tomando antibióticos. Em linhas gerais, para infecções simples e sem complicações, o doador deve aguardar 15 dias após a última dose do antibiótico para doar sangue. Infecções mais graves como pneumonia, meningite, entre outras, podem necessitar de um tempo maior para liberação do candidato à doação.

- Quem estiver fazendo tratamento com algum antiinflamatório pode doar sangue?
Dependendo do motivo, a doação pode ser realizada normalmente. Não se esqueça de informar o nome do antiinflamatório que você esta tomando.

- Quem faz tratamento para acne pode doar sangue?
Dependendo do motivo, a doação pode ser realizada normalmente. Não se esqueça de informar o nome do antiinflamatório que você está tomando.

- Quem tomou analgésico pode doar sangue?
Pode, mas é importante que no dia da doação o doador esteja sem dores.

- Grávidas podem doar sangue?
Não. Mas se o parto for normal, a mulher pode doar depois de 3 (três) meses. Em caso de cesariana, 6 (seis) meses. Se estiver amamentando, aguardar 12 meses após o parto.

- É necessário estar em jejum para doar sangue?
O doador tem que estar alimentado e descansado, evitar alimentação gordurosa nas 4 (quatro) horas que antecedem a doação.

- Quem está gripado pode doar sangue?
Recomenda-se aguardar 7 (sete) dias após a cura para poder doar.

- Quem tem diabete pode doar sangue?
Se a pessoa que tenha diabetes estiver controlando apenas com alimentação ou hipoglicemiantes orais e não apresente alterações vasculares, poderá doar. Caso ela tenha utilizado insulina uma única vez, não poderá doar.


Instituto Nacional de Câncer - INCA
Praça Cruz Vermelha, 23 - Centro
20230-130 - Rio de Janeiro - RJ


Fonte: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2013
Site Médico

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Diabetes


O que é?
É uma deficiência na produção ou uma produção inadequada de insulina pelo pâncreas. Altera o metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. A glicose é necessária para fornecer energia às células do organismo. Quando se elevam demais, os níveis de glicose tornam-se tóxicos para o cérebro e outros órgãos.

Existem dois tipos de diabetes:
Tipo I: Chamada de diabetes insulino-dependente. Necessitam de insulina para sobreviver. Ocorre geralmente em crianças ou jovens e não tem características hereditárias. Pode ocorrer destruição total do tecido do pâncreas.

Tipo II: Chamada de diabetes não insulino-dependente. Ocorre em adultos com mais de 30 anos de idade, na maioria das vezes. Além do fator hereditário, temos outros agravantes, tais como excesso de peso, uso excessivo de cortisona, choques e traumas psicológicos, idade, estresse, infecções graves, gravidez e maus hábitos alimentares.

Fatores de risco para a doença:
Idade: > 40 anos
História familiar
Excesso de peso IMC>25Kg/m²
Sedentarismo
Hipertensão arterial
Doença coronariana
Mães de recém nascidos com mais de 4Kg
Histórico de abortos de repetição ou mortalidade pra natal
Medicação (corticosteróides, anticoncepcionais, tiazídicos e beta bloqueadores)

Sintomatologia clássica:
Fraqueza
Sede
Muita urina
Emagrecimento rápido
Feridas não cicatrizadas
Visão embaçada
Fome por doces
Prurido vaginal

Complicações do diabetes:
Circulação: Depósitos de açúcar comprometem os microvasos que com o tempo tendem a bloquear a passagem de sangue e prejudicar a circulação. Isso é tão serio que o diabético pode ficar com as extremidades sem sangue e ter que amputar algum membro.
Visão: A glicose acumulada nos vasos no fundo do olho pode dar origem à retinopatia, distúrbio que leva à perda da visão.
Neuropatias: Circulação deficiente faz o paciente perder a sensibilidade nas extremidades. Por isso, podem ocorrer problemas principalmente nos pés, de difícil solução, pois a cicatrização do diabético não é normal.
Rins: O excesso de glicose no sangue, em casos não tratados e crônicos, leva à nefropatia, os rins perdem a capacidade de purificar o sangue.



Importância da alimentação:
Você pode controlar os níveis de açúcar no sangue por meio da alimentação. Isso deve ocorrer durante a vida inteira. Quanto mais açúcar ou alimentos doces você ingerir, mais insulina o pâncreas terá que produzir para equilibrar os níveis de açúcar no sangue. Esse excesso de trabalho pode com o tempo, danificar as células responsáveis pela produção de insulina, desencadeando, junto com os outros fatores predispostos, o diabetes tipo II.

O diabético precisa de um programa alimentar ajustado as suas necessidades, ao seu tipo físico, à atividade física e ao uso de medicamentos.



Objetivos do programa alimentar:
Contribuir para normalização da glicemia
Diminuir os fatores de risco cardiovascular
Fornecer calorias suficientes para a manutenção do peso corpóreo
Manter níveis lipidicos séricos ótimos
Prevenir complicações do diabetes
Promover uma melhor qualidade de vida e saúde


Tanto no diabetes tipo I ou tipo II, a finalidade da orientação alimentar é controlar os níveis de glicemia e facilitar a entrada de nutrientes nas células. Se os níveis de açúcar no sangue sobem além dos valores médios encontrados (70 a 110), ocorre uma hiperglicemia e, se descem abaixo dos valores médios, ocorre hipoglicemia, que pode levar ao coma e à morte.

As regras do congelamento


O que é congelamento?
É um processo de armazenamento onde a integridade dos alimentos é mantida.

Características:
Supercongelados: Alimento congelado em temperatura inferior a - 18ºC a -193ºC. Leva de 1 à 3h e mantém em temperatura constante para congelamento rápido.

Congelados: Alimento congelado em temperatura até -18ºC pode levar de 8 a 12h até 48h. Mantém inalteradas as condições organolépticas dos alimentos:
-sabor;
-textura;
-nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, vitaminas e minerais);
-aroma;
-cor.

Regras do congelamento:

- Somente congelar alimentos de qualidade.
- Preparo "imediato" à compra.
- Embale imediatamente.
- Resfriar rapidamente.
- Congelar em embalagens "adequadas".
- Embalar em porções de uso.
- Nunca recongelar.
- Etiquetar e datar tudo para acompanhar a validade.
- Evite abrir o freezer desnecessariamente (o maior dano ao alimento congelado é a sua oscilação de temperatura).
- Descongelamento "cuidadoso" adequado a cada tipo de alimento.
- Doces e bebidas alcoólicas não congelam, apenas conservam.
- Nunca transporte com gelo.
- Na falta de luz, não abra o freezer.

Validade:

1. Respeitar o prazo do fabricante para produtos prontos.
2. Comida pronta: 3 meses.
3. Carnes gordas: todas não mais que 15 dias.
4. Carnes magras podem variar: 2, 3, 4, 5 meses.
5. Massas, bolos, pães: 6 meses.
6. NUNCA congele produtos de qualidade duvidosa.
7. Doces e sobremesas: 6 meses.
8. Alimentos in natura: 1 mês.



Tipos de embalagens doméstica:

1. Embalagens de "alumínio".
2. Potes plásticos, vários tamanhos.
3. Sacos plásticos.
4. Papel filme.
5. Papel alumínio.

Reutilizar quando bem esterilizados:
1. Potes de margarinas, geléias, etc.
2. Vidros de conserva.

Não reutilizar:
1. Sacos plásticos de "compras – hortaliças etc...".
2. Embalagens de comida pronta.

Alzheimer


A doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral progressivo que começa com a perda de memória e acaba levando à demência e à morte. Nas fases iniciais da doença, as pessoas apresentam problemas brandos de memória. Muitas têm dificuldade para lidar com tarefas complexas, como planejar uma festa ou controlar um talão de cheque. A doença não tem cura, pois sua causa ainda não foi esclarecida. A hereditariedade é um fator importante.

Sintomas:
Perda de memória
Confusão e desorientação
Alteração de humor
Depressão
Demência

Alimentos recomendados:
Siga uma alimentação composta por alimentos básicos, não processados. Vitaminas antioxidantes combatem danos causados pelos radicais livres, sendo as frutas e hortaliças suas melhores fontes. O consumo de peixe é importantíssimo. Salmão, linguado, bacalhau e outros são excelentes fontes de HDA, um ácido graxo essencial envolvido na função cerebral. Utilize cúrcuma como tempero. Pessoas com Alzheimer apresentam deficiência de zinco, que pode ser encontrado na semente de abóbora. Aumentar o consumo de fibras é muito importante para drenar as toxinas. Assim, opte por cereais integrais, aveia, hortaliças e frutas. Evite alimentos com muitos aditivos e conservantes, como os enlatados. Além disso, evite preparar os alimentos em panelas de alumínio, bem como utilizar bebidas em latas.

Suplementos alimentares indicados:
Óleo de peixe em cápsula, vitamina E, vitamina B12, ginkgo biloba, ginseng e clorela (alga).

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Infertilidade masculina: Conceito e possibilidades de tratamento


"No passado se pensava que o responsável pela esterilidade era sempre a mulher. Hoje já se sabe que ela é responsável por apenas metade dos casos de casais que não conseguem ter filhos. A outra metade dos casos ocorre por problemas relacionados ao homem".

Introdução

Hoje se fala em esterilidade do casal, e apenas se pode considerar um casal como infértil quando ele não consegue ter filhos após tentar durante mais de um ano. Nestes casos, havendo interesse do casal, vários exames devem ser realizados tanto no homem quanto na mulher, numa tentativa de descobrir as possíveis causas e, a partir daí, quais as intervenções possíveis para que o casal gere filhos. Antes de tudo, deve-se lembrar que não apenas a freqüência, mas a oportunidade em que as relações sexuais ocorrem é importante, pois a fertilização ocorre apenas em um curto período de no máximo 72 horas em torno do momento da ovulação da mulher. Entretanto, inúmeros fatores estão relacionados aos mecanismos que regulam a ovulação, que pode inclusive ocorrer imediatamente antes ou após o período menstrual (este é o motivo pelo qual o método contraceptivo conhecido como "tabelinha" é considerado pouco seguro).

Causas de infertilidade no homem

As condições mais freqüentes associadas à infertilidade masculina podem ser divididas entre problemas na produção do espermatozóide e problemas no caminho destes espermatozóides até o óvulo.

No primeiro grupo estão doenças da hipófise, da tireóide ou da supra-renal (todas são glândulas que produzem hormônios necessários para a produção do espermatozóide); traumas ou problemas congênitos dos testículos; problemas provocados pelo uso de medicamentos, agrotóxicos ou irradiação do testículo; ou varicocele (varizes nas veias do testículo).

No segundo grupo estão os distúrbios de ejaculação, alguns distúrbios do sistema imunológico (que em alguns casos podem destruir os espermatozóides produzidos pelo próprio organismo), alterações congênitas ou cistos das vesículas seminais, obstruções por malformação congênita, por cirurgia de vasectomia, ou por cicatrizações de infecções no local e ejaculação retrógrada (que pode ser devido a acidentes ou, principalmente, a cirurgias da próstata).

Um homem anteriormente fértil pode se tornar estéril devido a doenças ou problemas ocorridos ao longo da vida. Além disso, o próprio envelhecimento provoca alterações que geram redução da produção de espermatozóides e de esperma, da mesma forma que ocorre com a mulher, na época conhecida como menopausa. Entretanto, a menopausa ocorre em torno dos 40 ou 50 anos, ao passo que a redução da fertilidade masculina ocorre a partir dos 70 anos de idade. Um detalhe deve ser colocado: é o fato de que os homens a partir desta idade não devem ser considerados inférteis, pois lhes é possível gerar um filho, uma vez que basta um único espermatozóide, desde que tenha forma e motilidade adequados, para fecundar um óvulo.

Considerações sobre a ejaculação e o esperma

A ereção peniana e a ejaculação são processos complexos que dependem da ação conjunta de diversas áreas do corpo humano. É necessário um bom funcionamento do cérebro, para sentir a excitação e comandar todo o processo, um bom funcionamento dos nervos responsáveis por transportar os estímulos e as ordens cerebrais envolvidos na ereção, uma produção adequada de hormônios (substâncias produzidas pelo organismo e que provocam algumas ações ou acontecimentos específicos no corpo humano), assim como uma integridade do tecido erétil do pênis (este tecido consiste de pequenos tubos, como uma rede de mangueiras, que normalmente permanecem vazias e murchas, e que se enchem de sangue durante a ereção, provocando o aumento verificado no pênis). Da mesma forma, é necessário que os vasos sanguíneos, canais que transportarão o sangue até este tecido erétil, estejam funcionando bem. Outros fatores, como drogas, cigarro, álcool, excesso de exercício físico, ansiedade, stress, depressão e/ou alguns medicamentos também interferem neste processo, alterando de forma significativa o desempenho sexual do homem. Assim, mesmo que ele sinta desejo sexual, algumas vezes a ereção pode falhar por problemas com qualquer dos mecanismos relacionados acima.

O esperma é composto basicamente por secreções da vesícula seminal e da próstata. Os espermatozóides são responsáveis por apenas 1% da composição total do esperma, mas as outras secreções são necessárias para protegê-lo. Existe uma quantidade mínima de esperma ideal para neutralizar a acidez da vagina e, assim, impedir que os espermatozóides morram ao caminharem em direção ao útero. Por este motivo, um volume de ejaculação inferior a 1,5 ml pode ser insuficiente para provocar esta neutralização, prejudicando a fertilidade. Este volume pode estar reduzido por uma série de motivos, como o refluxo do esperma para a bexiga (ao invés de descer para o canal uretral), a vesículas seminais ausentes ou com problemas, deficiência de produção dos hormônios masculinos, que estimulam a produção do esperma. O volume elevado de esperma também pode prejudicar a fertilidade, pois havendo mais secreções da vesícula seminal e da próstata, a concentração de espermatozóides pode estar muito reduzida, prejudicando a fertilização.

A quantidade de esperma em cada ejaculação depende principalmente do tempo de abstinência entre 2 ejaculações. Pode variar de 1.5 a 5 ml após um período de 36 a 48 horas de abstinência. Dentro destes limites, não há interferência no grau de fertilidade.

O espermograma

O exame realizado para avaliar a qualidade do esperma (denominado sêmen) do homem é chamado espermograma. Neste exame, se avaliam o volume de esperma e a quantidade, a qualidade e a capacidade móvel dos espermatozóides nele contidos. Para realizá-lo, o homem deve permanecer durante 2 ou 3 dias em abstinência sexual. O volume mínimo a ser examinado é 2 ml. A concentração mínima necessária para ocorrer a fecundação é 20 milhões de espermatozóides por um mililitro de esperma. Quando o valor for inferior, a probabilidade de fertilização fica comprometida, mas a fecundação ainda pode ser realizada através das técnicas de beneficiamento de sêmen e de fertilização assistida.

Tratamentos

Através das técnicas de fertilização assistida, usando beneficiamento de sêmen, inseminação artificial, fertilização in vitro ou Injeção Intracitoplasmática de Esperma (ICSI), os problemas de infertilidade masculina ficam praticamente todos resolvidos. Mas o que quer dizer tudo isso? Explicando de forma simples:

· Beneficiamento de sêmen: é a técnica usada para selecionar os melhores espermatozóides, que serão usados na fecundação. É como se você colocasse os espermatozóides para apostar uma corrida (colocando o esperma em uma bacia com água) e selecionasse para a fecundação apenas aqueles que chegassem em primeiro lugar.

· Inseminação artificial: é a colocação do sêmen (selecionado pelo beneficiamento) dentro do útero da mulher, durante o seu período fértil. Para isto, a mulher não pode ter ligadura de trompas nem problemas com a produção de óvulos, pois estes devem estar possibilitados a chegar até o útero e a se encontrarem com os espermatozóides.

· Fertilização in vitro: conhecida como "bebê de proveta" . Nesta técnica, o médico coloca o sêmen em contato com o óvulo dentro de um tubo de vidro, no laboratório, sendo aí realizada a fecundação. Após já ter sido fecundado, o óvulo é recolocado dentro do útero da mulher.

· ICSI: esta é a técnica mais cara e complicada, realizada nos casos graves, de homens com esperma excessivamente pobre em espermatozóides. Neste caso, o médico insere o espermatozóide dentro do óvulo, utilizando um microscópio. Estes espermatozóides podem ser obtidos por aspiração do local no testículo no qual os espermas ficam armazenados, ou até mesmo por uma biópsia do testículo. Após a fecundação, o óvulo é recolocado dentro do útero, como na fertilização in vitro. É devido a esta última técnica que o homem só é realmente estéril quando há ausência total de espermatozóides no sêmen.

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Álcool e Alcoolismo


O Alcoolismo é uma doença crônica, progressiva e potencialmente fatal. Uma vez desenvolvida, a vítima perde controle de seus hábitos, com grande prejuízo da vida familiar e social.

A causa do alcoolismo parece ser a interação entre uma possível pré-disposição hereditária, os efeitos do álcool etílico (o ingrediente básico nas bebidas alcoólicas) e o uso do álcool como um meio de suportar os problemas que a vida oferece. O alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil.

O que é o álcool ?

O Álcool é um produto químico da família dos líquidos orgânicos. Três variedades são de interesse médico: etil (etanol, constituinte básico das bebidas alcoólicas), metil (metanol), e isopropil (isopropanol). Todos os eles são venenosos.

O metil é utilizado como loção para resfriar a pele, mas é extremamente venenoso quando ingerido ou inalado e pode causar cegueira, inflamação nervosa (neurite) e morte por paralisia dos músculos da respiração.

O álcool isopropil tem causado intoxicação aguda, convulsão, coma e morte em crianças devido à exposição prolongada aos vapores que emite.

As bebidas alcoólicas são as drogas de uso abusivo mais constante no mundo. Os efeitos do álcool podem potencializar os efeitos de alguns medicamentos, como alguns xaropes, pílulas para dormir, anti-alérgicos, tranqüilizantes e relaxantes musculares. Como resultado, um drinque pode ter o efeito de vários, causando sonolência e bebedeira. Isto é perigoso e pode ser fatal.

O álcool não deve ser ingerido por epilépticos pois pode ocasionar convulsões. Deve ser evitado durante a gravidez, por diabéticos e por pessoas com queixas de gastrite.

O álcool vicia e seu uso repetido freqüentemente resulta na necessidade de beber mais e mais para produzir intoxicação. O Abuso Alcoólico caracteriza-se por perda da sobriedade ou mistura do álcool com outras substâncias, sem existência de dependência química do álcool.

Os sintomas do abuso incluem prejuízo da coordenação, atitudes agressivas, redução da coordenação motora e da clareza nas decisões, desorientação, perda da memória e desidratação. Quanto mais a embriaguez se torna habitual e começa a interferir com os padrões de vida habituais da pessoa, mais este indivíduo está cruzando a linha que divide o abuso do álcool do alcoolismo.

O que é o Alcoolismo ?

Alcoolismo pode ser definido como a dependência química pelo álcool. Um dos principais sintomas do alcoolismo, e o que torna esta doença tão difícil de ser tratada, é a Negação. O dependente não admite para si ou para os outros a existência de qualquer problema com o álcool.

O bebedor crônico provavelmente atribuirá os problemas relacionados ao álcool a alguma outra causa. Membros da família e amigos em geral também negam o problema, ignorando os comportamentos destrutivos do alcoolista. Esta negação leva a uma piora das condições físicas e mentais do dependente.

A inflamação da mucosa do estômago (gastrite), os vômitos e a "ressaca" são quase inevitáveis. O álcool age como um depressor e reduz a auto-crítica e a ansiedade. No longo prazo, pode causar danos em nervos (neurite), fígado (cirrose), pâncreas (pancreatite) e músculo cardíaco (cardiomiopatia).

O álcool, também pode levar à deterioração mental (demência), hipertensão arterial, derrame cerebral, desnutrição e aumento do risco para câncer da cavidade oral, laringe, esôfago, estômago, intestino grosso, fígado e mama.

Níveis de uso e abuso de álcool

A tabela abaixo mostra os diversos níveis de uso e abuso do álcool. Você conhece alguém que se encaixa em algum deles?

Nível

Características

Bebedor moderado

• menos de duas doses por dia.

Bebedor em risco

• mais de 14 doses por dia ou quatro doses de uma vez.

Abuso de álcool

um ou mais dos seguintes problemas relacionados ao álcool no período de um ano:

• incapacidade de completar o trabalho ou outras obrigações pessoais;
• uso recorrente em situações potencialmente perigosas; problemas com a lei;
• e uso continuado a despeito dos danos ao relacionamento social ou pessoal.

Dependência do álcool

o indivíduo apresenta três ou mais dos seguintes problemas relacionados ao álcool no período de um ano:

• quantidades progressivamente maiores de álcool são necessárias para produzir algum efeito; sintomas de abstinência;
• beber mais do que o pretendido;
• tentativas sem sucesso de largar a bebida;
• desistência de lazeres ou do trabalho;
• prosseguir bebendo apesar de saber dos danos físicos e psicológicos causados a si mesmo e a outros.

Existe tratamento para o alcoolismo ?

No passado, uma das barreiras para o sucesso do tratamento dos alcoolistas era o estigma social associado à doença. As pessoas não apenas relutavam a admitir que possuíam um problema com álcool, mas também raramente arriscavam-se ao embaraço de procurar ajuda. Este estigma tem diminuído bastante, em grande parte devido à conscientização de que o alcoolismo é uma doença como tantas outras, atingindo todos os tipos de pessoas e todas as idades.

As medidas para tratamento do alcoolismo podem ser divididas em 3 grupos principais: (1) medidas de intervenção direta no controle do etilismo, (2) medidas de apoio para manter-se livre do vício e (3) medidas preventivas para evitar a formação de novos dependentes.

Intervenção direta no controle do etilismo

Muitas técnicas inovadoras estão sendo utilizadas para controlar o alcoolismo e em geral aconselha-se supervisão médica para tratar doenças simultâneas. Podem ser usadas vitaminas para reparar o fígado e outras partes danificadas do organismo.

Pesquisas experimentais estão em andamento com o objetivo de diagnosticar os estágios mais precoces do alcoolismo, e alguns trabalhos científicos buscam as chaves da predisposição hereditária do alcoolismo.

Em todos os estágios do tratamento do dependente, a família desempenha um papel crucial na recuperação e manutenção da sanidade do indivíduo.

Medidas de apoio

Os Alcoólicos Anônimos (AA) têm desempenhado um papel importante no tratamento do alcoolismo, acompanhando os dependentes no longo prazo, sendo vital na reabilitação destes indivíduos.

Os AA são uma organização internacional de alcoolistas e ex-alcoolistas que mantém encontros regulares, apoiando seus membros e compartilhando experiências com o álcool.

Medidas preventivas

Os programas educacionais são vistos por muitos como cruciais a qualquer solução satisfatória para o problema do alcoolismo. Muitas escolas e organizações comunitárias estabeleceram programas para alertar as pessoas (especialmente os jovens) dos perigos do álcool.

Medidas legais, como a idade mínima de 18 anos para ingerir bebida alcoólica e o reforço de leis contra embriaguez em condutores de veículos, também são iniciativas válidas para tentar limitar o acesso ao álcool.

Copyright © 2009 Bibliomed, Inc. 07 de Dezembro de 2009

Energéticos mascaram a fadiga


"Seja para garantir horas extras de estudo durante a madrugada ou para curtir com disposição uma festa badalada, as bebidas energéticas estão conquistando a população, sobretudo das faixas etárias mais jovens. Grande parte dos usuários, no entanto, não faz a menor idéia do que está ingerindo e dos riscos que o produto pode trazer. Popularmente conhecidas como energéticas, as bebidas que excitam o sistema nervoso são, na verdade, estimulantes. A diferença está no fato de que a bebida energética tem um teor elevado de carboidratos, que ajuda na recuperação da energia após treinos, competições ou durante os intervalos de atividades físicas prolongadas. No mercado brasileiro, há produtos energéticos como o Sport Energy e o Carb-up. Já as bebidas estimulantes, à venda em bares e casas noturnas, são produtos que têm, além dos carboidratos que fornecem energia para o organismo, substâncias excitantes para o sistema nervoso, como a cafeína. Depois da ingestão de uma bebida estimulante, o usuário tem a sensação de que está mais disposto.

Vício

As bebidas estimulantes conseguem mascarar a fadiga do indivíduo, o que nem sempre é um fator conveniente. "A pessoa que consome este tipo de produto pode não detectar a tempo uma possível lesão muscular ou articular por overdose de treino", alerta a nutricionista Carmen Zita Pinto Coelho. A nutricionista afirma que a bebida também pode viciar. Os usuários freqüentes podem ter o desempenho reduzido quando não consumirem antes a cafeína. Carmen Zita explica que se a pessoa não abre mão de usar a bebida estimulante, o melhor é escolher uma competição prolongada e importante para ingeri-la - no início e nos intervalos -, evitando que seu consumo se torne um hábito em todas as competições e ocasiões.

Isotônicas

Outro tipo de bebida que também conquistou o mercado são as isotônicas, como Gatorade, SportDrink e Energyl C. As isotônicas provocam a hidratação, possibilitando também a reposição de carboidratos em concentrações consideradas pequenas - de 6% a 8% - e de eletrólitos, que são substâncias que se perdem no suor. "A bebida isotônica deve ser consumida com regularidade a partir de uma hora após o início da atividade física. Antes deste período, o ideal é priorizar a ingestão de água", explica a nutricionista. As bebidas isotônicas também são usadas em festas para a reidratação e a reposição de pequenas quantidades de glicose e eletrólitos.

A verdadeira bebida energética, rica em carboidratos, não deve ser consumida por pessoas diabéticas. Para os demais indivíduos, que querem recuperar a energia rapidamente após a atividade física, o consumo não traz problema. No entanto, o usuário deve ficar atento à quantidade de calorias ingeridas, que precisa estar de acordo com a dieta diária recomendada. "Já as bebidas estimulantes são contra-indicadas para pacientes com hipertensão e cardiopatias, pessoas nervosas ou com problemas psiquiátricos, além de diabéticos e indivíduos com insônia", recomenda Carmen Zita.

Desidratação

Um dos riscos de consumir a bebida estimulante e o álcool é a desidratação. Tanto o álcool quanto a cafeína são produtos potencialmente diuréticos. Por isso, a orientação é para que o usuário alterne a ingestão do estimulante com grandes quantidades de água.

A cafeína não é a única fonte de preocupações dos especialistas da área de saúde. Algumas bebidas também contêm a droga efedrina, que é um estimulante, normalmente encontrado em descongestionantes nasais. Segundo alguns médicos, a cafeína misturada com a efedrina pode causar sérios problemas cardíacos. O aminoácido natural taurina é outro componente de algumas bebidas deste tipo. Em alguns alimentos, este aminoácido é encontrado em pequenas quantidades. Nas bebidas estimulantes, no entanto, sua concentração é semelhante à encontrada em 500 taças de vinho. Em grandes quantidades, acredita-se que o taurina potencialize o efeito dos demais estimulantes presentes na bebida. Seus efeitos em longo prazo ainda não foram estudados.

Comercialização

Se consumida por muito tempo e com freqüência, a bebida estimulante pode causar alterações no sistema nervoso. Por seus efeitos no organismo e seu teor de cafeína, as bebidas energéticas são produtos que têm a venda acompanhada com cuidado em outros países. No Canadá, França e Dinamarca, diversas bebidas estimulantes não foram aprovadas. O produto austríaco Red Bull, responsável por metade do mercado norte-americano e um sucesso de vendas no Brasil, foi um deles.

Apesar das restrições em alguns países, as bebidas estimulantes têm conseguido o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável pelo controle do produto no Brasil. Segundo a Anvisa, 31 marcas têm autorização para serem comercializadas no País. Red Bull, Ninja, Blue Energy Xtreme, Red Dragon, Ecstasy, Liquid Energy, Sky Horse Energy Drink, Repique, Dynamite, First One Atomic Energy Drink, Strength Bulls-Energy Drink, Flyng Horse-Booster e On line são algumas das bebidas estimulantes regularizadas.

Carmen Zita não recomenda o consumo das bebidas estimulantes. Segundo ela, o produto pode ser usado, mas em casos esporádicos. "Se alguém precisa estar em uma festa e está desanimado, uma dose não faria mal, mas isto não pode se tornar um hábito. Vale lembrar que o produto não deve ser consumido por pessoas com hipertensão e diabetes, por exemplo", alerta.

Inofensivos?

Apesar da preocupação dos especialistas, os fabricantes das bebidas estimulantes afirmam que estes produtos são inofensivos. A única orientação das indústrias é que os usuários se mantenham hidratados, já que a cafeína e o álcool são diuréticos, ou seja, provocam a perda de líquidos no corpo. Em todo o mundo, há três casos de morte - possivelmente ligados a este tipo de bebida - sendo investigados. Um deles, de uma jovem, por desidratação, que consumiu a bebida estimulante e álcool.

Copyright © 2004 Bibliomed, Inc. 08 de Novembro de 2004.

A Cocaína e o Aumento do Risco de Infarto do Miocárdio


Estudo publicado na revista Circulation, demonstra que o risco de infarto agudo do miocárdio (IAM) aumenta cerca de 24 vezes durante uma hora, após o uso de cocaína, mesmo em indivíduos com baixo risco cardiovascular.

O estudo foi conduzido por pesquisadores do Beth Israel Deaconess Medical Center em Boston (EUA) e se denominou Determinants of Myocardial Infarction Onset Study (em português, "Estudo de fatores determinantes do início de um infarto agudo do miocárdio").

A pesquisa foi realizada com cerca de 4000 homens e mulheres que sobreviveram a um IAM - estes pacientes foram entrevistados em média 4 dias após o episódio do infarto.

Foram identificados 38 indivíduos que haviam feito uso da droga no período de 1 ano anterior ao episódio, e 9 pacientes que haviam usado cocaína no período de 1 hora que antecedeu à ocorrência do IAM. Os usuários de cocaína eram em média significativamente mais jovens, na maioria do sexo masculino, fumantes e pertencentes a minorias étnicas.

Os autores calcularam que os usuários de cocaína apresentam um aumento de 24 vezes no risco de IAM na hora subsequente a utilização da droga, risco esse que diminui rapidamente logo em seguida. Algumas hipóteses foram levantadas para o aumento de risco, tais como: aumento da freqüência cardíaca, da pressão arterial e da contratilidade do ventrículo esquerdo.

A associação do uso da cocaína à doenças cardíacas isquêmicas já vem sendo investigado há vários anos: já se sabia anteriormente que a cocaína agudamente absorvida diminui a contratilidade do músculo cardíaco, reduz o calibre das artérias coronárias e o fluxo sangüíneo no seu interior, causa arritmias cardíacas, e aumenta a freqüência cardíaca e a pressão arterial - estes efeitos acabam por determinar um desarranjo entre o suprimento de oxigênio ao coração e o consumo aumentado, causando um infarto. Assim, o estudo atual representa a comprovação clínica em grande escala do que já se conhecia anteriormente.