terça-feira, 8 de junho de 2010

Anemia


Para que seja entendido o processo anêmico em toda a sua extensão, precisamos compreender a importância da respiração e mais precisamente do oxigênio do ar no funcionamento de nosso organismo.

O oxigênio é um grande gerador de energia, tanto que precisamos dele para processos de combustão, produzindo calor pelo fogo, energia mecânica através de motores de carros, etc...

Em nosso organismo não é diferente, sendo o oxigênio utilizado no metabolismo de milhares de células do organismo para gerar a energia necessária à vida. Temos outras fontes de energia, como os açúcares, os carboidratos e proteínas, mas o oxigênio continua sendo a principal fonte.

O seu transporte aos vários órgãos e células do corpo humano é feito por uma estrutura denominada hemoglobina, que é por sua vez transportada por uma célula denominada hemácia, a famosa célula vermelha. Sua cor avermelhada se dá pela forte concentração de ferro na hemoglobina. É por isso que nosso sangue tem a coloração avermelhada, pois as hemácias correspondem a aproximadamente 40 a 50% do volume total do sangue.

Quando temos uma diminuição nas concentrações de hemoglobina e/ou hemácias, desenvolvemos o chamado quadro anêmico. Ou seja, no indivíduo anêmico a oferta de oxigênio aos tecidos e órgãos está diminuída.

Com isso, falta energia para desenvolver as diversas funções do dia a dia, e a pessoa começa a sentir falta de ar ao subir escadas, cansaço fácil, dores musculares, palpitação aos esforços, sonolência, náuseas, dores musculares, perda da libido, entre outros. A intensidade dos sintomas será proporcional ao grau de anemia.

Existem vários tipos de anemia, que muitas vezes variam de uma determinada região para outra. Elas podem ser causadas por perdas sanguíneas, como hemorragias, desnutrição, alterações genéticas do indivíduo, carências alimentares de ferro, vitaminas B12 e folatos e, em alguns casos, associadas a outras doenças como insuficiência renal, insuficiência hepática, Leucemias e outras.

No Brasil, as causas mais comuns de anemia são a deficiência de Ferro, Vitamina B12 e Folatos. O ferro é um elemento fundamental na estrutura da hemoglobina, por sua capacidade de se ligar ao oxigênio. Sua deficiência se caracteriza por diminuição na produção e consequentemente nos níveis séricos de hemoglobina.

Já a Vitamina B12 e Folatos são fundamentais na produção da hemácia, e sua deficiência se caracteriza por diminuição nos níveis séricos das hemácias. Ambas as deficiências podem causar anemias em variados graus. As alterações genéticas mais comuns são a Doença ou Anemia Falciforme e as Talassemias.

A doença falciforme é mais comum entre os negros e seus descendentes e ocorre por uma troca de um simples aminoácido na cadeia protéica da hemoglobina. O organismo passa, então, a produzir um tipo diferente de hemoglobina, a qual é instável em baixas concentrações de oxigênio.

Ou seja, quando diminuem as concentrações de oxigênio na hemácia, a hemoglobina se precipita e fica com um formato de foice (daí a denominação falciforme). Esta hemácia em formato de foice é destruída pelo nosso organismo e ainda pode ocluir pequenos vasos sanguíneos. Já a Talassemia é mais comum entre descendentes de Italianos, Gregos, Libaneses e Turcos, e se caracteriza por uma deficiência parcial ou total na produção de algum tipo de hemoglobina.

A gravidade do quadro anêmico varia de acordo com a carga genética do indivíduo. Bem, estas são as anemias mais comuns no Brasil, no entanto existem outros tipos. É importante, na ocorrência dos sintomas citados anteriormente, procurar seu médico, pois o diagnóstico da anemia só pode ser realizado com a análise de dados clínicos e laboratoriais do paciente.

O exame laboratorial de escolha para o diagnóstico de anemia de um paciente é o Hemograma. Nele serão verificados as concentrações sanguíneas de hemácias, hemoglobinas, entre outras medições. Nele são verificadas também as características celulares de cada indivíduo. Com base no resultado do Hemograma o médico poderá solicitar outros exames, mais específicos para cada tipo de anemia.

No ValeClin Laboratório utilizamos, para as análises Hematológicas, o equipamento completamente automatizado Pentra ABX 120. Este equipamento é importado da França e oferece como diferencial a medição de vários parâmetros, que adicionam valor diagnóstico ao tradicional hemograma.

Integrado à nossa rede de informática, os pacientes são identificados por códigos de barras colados no momento da coleta, eliminado a possibilidade de troca de amostras ou erros na digitação dos resultados. Todos os resultados são monitorados por um exigente programa de Controle da Qualidade.



Fonte: Dr. José Placido de Almeida Sgavioli - Dr. Giovanni Melozi Sgavioli

Chocolate meio-amargo reduz colesterol


Estudo publicado recentemente sugere que o consumo de chocolate meio-amargo pode ajudar na redução do colesterol.

Uma pesquisa das universidades de L’Aquila, na Itália, e Tufts, em Boston, que foi publicada na revista científica Journal of Nutrition concluiu que a ingestão de alguns gramas de chocolate meio-amargo enriquecido por dia, durante 2 semanas, ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas.

Segundo os estudiosos a ação benéfica vem de compostos chamados flavonóides presentes no cacau, principal ingrediente do chocolate. Acredita-se que os flavonóides aumentam a produção de óxido nítrico, substância que relaxa e dilata as artérias.

A pesquisa foi desenvolvida com a ajuda de 19 participantes, 11 homens e 8 mulheres, sendo que todos apresentavam problemas de pressão alta e resistência à insulina.

As pessoas foram divididas em dois grupos, os que comeram100 gramas de chocolate meio-amargo diariamente durante 2 semanas tiveram uma queda na pressão sanguínea.

O outro consumiu 100 gramas de chocolate branco durante o mesmo período, mas seus participantes não apresentaram melhoras quanto a pressão arterial.

Outros estudos já haviam mostrado os benefícios do chocolate para o coração. O que essa pesquisa traz de inovador é a demonstração de que esses benefícios acontecem já a curto prazo.

Os cientistas alertam que a dieta sugerida envolve apenas chocolates enriquecidos, pouco gordurosos e ricos em flavonóides.

Fonte: Banco de Saúde - Notícias
Site Médico

A mulher na menopausa


Calcula-se, em números redondos, que a população feminina do Brasil é de 75 milhões, e que o número de mulheres acima de 49 anos é de 10 milhões (cerca de 13% do total).

Levando-se em conta que a expectativa de vida da mulher brasileira aumentou (no homem é 8 anos menor), e hoje é estimada em mais de 72 anos de idade, pode-se entender a importância que o climatério representa para o dia-a-dia.

Esse imenso contingente de possíveis pacientes, que acabam representando um importante problema de Saúde Pública, necessita entender o que está acontecendo no seu corpo.

Menopausa é o nome que se dá à última menstruação que acontece na mulher. Ocorre, geralmente quando ela tem cerca de 45/50 anos de idade, mas não acontece de repente, da “noite para ao dia”. Algum tempo antes da menopausa há o período no qual as menstruações se tornam irregulares, o ciclo e o fluxo variando de intensidade, ora de muita, ora de pouca quantidade de sangue, até que desaparece, por completo.

No período pós-menopausa o acontecimento mais importante é o fato de os óvulos não mais amadurecerem nos ovários, o que determina que a mulher não é mais fértil, isto é, não pode mais procriar. Os hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona), que já estavam diminuindo antes da menopausa, caem ainda mais durante esse período pós-menopausa. Por causa da falta dos hormônios ovarianos a mulher começa a sentir e a notar uma série de sinais e sintomas.

As primeiras e mais comuns das queixas são, sem dúvida, os calores repentinos e a transpiração excessiva, que se repetem inúmeras vezes ao longo do dia e da noite, interferindo inclusive com o próprio sono, já que a mulher acorda várias vezes à noite. A diminuição dos hormônios se mostra perceptível em várias outras áreas, como a pele (se torna mais fina, seca e enruga), os cabelos (mais ralos e quebradiços) e até a voz que pode se tornar um pouco mais grave. Além disso, a mucosa vaginal (revestimento interno da vagina) torna-se mais fina e seca, o que pode levar à relação sexual dolorosa, e o aparelho urinário apresenta dificuldade em reter a urina na bexiga, fazendo com que as idas ao banheiro tornem-se mais freqüentes.

A instabilidade emocional é um dos aspectos mais marcantes desse período, quando sensações de depressão/excitação se revezam com grande facilidade e sem razão aparente, tornando a mulher absolutamente imprevisível, além de gerar profundos sentimentos de inferioridade e rejeição. Todos esses sintomas são provenientes da diminuição da produção de hormônios ovarianos.

A solução é sem dúvida, repor os hormônios que os ovários não produzem mais, na chamada Terapia de Reposição Hormonal - TRH. Ao substituírem os hormônios naturais, os medicamentos da TRH revertem os principais sinais/sintomas climatéricos, reproduzindo, de certa forma, as condições pré-menopausa.

A idéia do climatério foi estabelecida em 1816 por De Gardanne na França. No início do século XX foram feitas as primeiras tentativas de utilização da T.R.H., utilizando extrato ovariano de vaca.Atualmente, nos Estados Unidos e na Europa, não mais que 20% das mulheres que precisariam de hormônio recebem T.R.H. e das que começam a usar, 75% abandonam após o primeiro ano de uso.

A problemática da aceitação à T.R.H. é multifatorial (medo de obesidade e câncer), porém o seu denominador comum é a informação.

O climatério hoje é problema de saúde pública que deve ser encarado prontamente pelo ônus que acarreta à sociedade e o número de doenças registradas nesta etapa que poderiam ser evitadas com o uso adequado de hormônios.

A mulher no climatério não é uma “doente”, nesse período apenas está se ressentindo da falta de alguns hormônios no seu organismo que fizeram parte de sua vida durante muitos anos . No mais, esta mulher atingiu o ápice de sua experiência e maturidade e está apta a ser feliz e fazer os outros felizes,

Dr. Antonio José Chinez Neto

Título de Especialista(TEGO 81/2000)
Aperfeiçoamento no Instituto Palácios – Madri - Espanha
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