segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Distúrbios Visuais


Como funciona a visão

Os olhos são constituídos por várias estruturas que juntas conectam o mundo exterior com o nosso interior, captando as imagens e movimentos e levando as informações até o cérebro.

A córnea é a superfície de maior refração do olho e se ajusta com a esclera (o "branco do olho") como um vidro de relógio. O cristalino é uma lente transparente situada atrás da íris (a parte colorida do olho), ele modifica sua forma para dar maior nitidez à visão (acomodação visual). O cristalino age junto com a córnea, fazendo a refração dos raios luminosos. A córnea é uma lenta fixa, já o cristalino tem curvatura variável, podendo se tornar mais delgado ou mais curvo, levando a imagem mais para trás ou mais para frente e permitindo que ela se projete sobre a retina. O músculo ciliar é um pequeno músculo que sustenta o cristalino e altera a sua forma para gerar a acomodação visual. Essa propriedade possibilita focalizar objetos localizados a diferentes distâncias dos olhos. A retina é a camada mais interna do olho, formada por receptores especiais sensíveis à luz que transformam os estímulos luminosos em estímulos nervosos que são levados até o cérebro pelo nervo óptico. A mácula é a região central da retina, responsável pela visão de detalhes, como a leitura.

Cada olho recebe e envia ao cérebro uma imagem, no entanto, vemos os objetos como um só, devido à capacidade de fusão das imagens. A visão binocular (com os dois olhos) nos dá um maior campo visual e noção de profundidade.

Erros de refração

A visão nítida ocorre quando a imagem é projetada exatamente sobre a retina (emetropia). Se a imagem se formar antes ou depois dela, o que se vê é uma imagem desfocada.

Os erros de refração são alterações onde as imagens não se formam com o seu foco na retina; por alteração das estruturas (como a córnea ou o cristalino) ou pelo tamanho do olho (grande ou pequeno), resultando em uma visão borrada, sem nitidez.

Miopia

Na miopia, os olhos podem ver os objetos que estão perto, mas não é capaz de ver nitidamente os objetos que estão longe.

A miopia pode ser de dois tipos: de campo, quando o olho é mais alongado, ou de curva, quando a curvatura da córnea é muito acentuada. Devido a curva elevada da córnea ou o formato longo do olho, as imagens são focalizadas antes da retina. A miopia tem tendência familiar e geralmente aumenta durante a fase de crescimento.

A correção da miopia pode ser feita com uso de óculos ou lentes de contato através de lentes negativas ou divergentes. A cirurgia refratária procura modificar a curvatura da córnea, através de cortes radiais rigorosamente determinados. Com a cicatrização, a córnea se retrai e altera a sua curvatura, permitindo a formação da imagem sobre a retina.

Hipermetropia

A hipermetropia é o contrário da miopia. Nesta situação o olho é geralmente menor que o normal no plano horizontal ou a curvatura da córnea é muito pequena e a imagem se forma depois da retina. A visão de objetos próximos aos olhos é mais afetada nas pessoas hipermetrópicas, mas também pode atingir a visão de longe.

As crianças pequenas normalmente são moderadamente hipermétropes, condição que diminui com a idade.

Para a correção da hipermetropia são utilizados lentes convergentes, também conhecidas como positivas, através de óculos ou lentes de contato.

Astigmatismo

O astigmatismo é causado geralmente por irregularidade da córnea, e seu efeito é a distorção da imagem. O astigmatismo pode ser miópico ou hipermetrópico (simples) ou misto.

O astigmatismo miópico impede a visão nítida para longe e para perto, mas as pessoas sentem mais falta de lentes corretoras para visualizar objetos luminosos no escuro, como dirigir a noite, assistir televisão, cinema, etc. Geralmente o astigmatismo é provocado pela curvatura vertical da córnea ser mais acentuada do que a curvatura horizontal. Isso faz com que as imagens sejam focalizadas antes da retina apenas em um plano vertical sendo que no plano horizontal a focalização ocorre na retina. A correção é feita com lentes negativas apenas no meridiano vertical.

O astigmatismo hipermétrico é uma deficiência de visão que também ocorre em um dos meridianos. Ao contrário do miópico, a imagem se focaliza atrás da retina num plano e no outro focaliza exatamente na retina. Ele corrigido com lentes plano-cilíndricas positivas.

Quando numa direção as imagens são focalizadas antes da retina e na direção oposta são focalizadas atrás da retina ocorre o astigmatismo misto. Ele é misto porque precisa de lentes corretoras que tenham um meridiano positivo e outro negativo.

Existem também algumas técnicas cirúrgicas para reduzir grandes astigmatismos, semelhantes as da cirurgia para miopia.

Presbiopia

A presbiopia, também conhecida como vista cansada, ocorre quando o cristalino perde aos poucos sua elasticidade, acompanhando o envelhecimento. Com isso o olho fica incapaz de acomodar-se, ou seja, não consegue focalizar os objetos próximos aos olhos, dificultando a leitura, costura, etc.

Ela ocorre na grande maioria das pessoas, geralmente após os 42 anos de idade. O cristalino começa a perder seu poder de acomodação para perto a partir dos 30 anos, porém ainda pode ser contornado. Quando passa dos 40 anos, a pessoa começa a distanciar as pequenas letras para vê-las nitidamente, até que necessita de óculos para ver de perto. A presbiopia cresce tanto, até os 65 anos, que chega a atingir a visão para longe. A sua progressão varia de pessoa para pessoa e de acordo com a atividade.

O uso de óculos para perto passa a ser necessário em quem antes enxergava bem. As pessoas que já utilizavam óculos passam a precisar de lentes diferentes para longe e para perto e podem usar óculos bifocal ou multifocal (para longe e para perto). Para correção, utiliza-se lentes esféricas positivas ou convergentes.

Considerações finais

Não deixe de visitar o oftalmologista quando perceber alguma dificuldade na sua visão. O uso das lentes corretoras (óculos ou lentes de contato) não fará com que o seu grau aumente, como alguns erroneamente imaginam, pelo contrário, o fará ver o mundo com mais nitidez.

O mesmo vale para as crianças, não há porque ter pena de uma criança que usa óculos, e sim daquelas que necessitam e não usam.

Fonte: site - http://boasaude.uol.com.br

Auto Exame da Mama


Definição

O auto exame da mama é um exame mensal que a mulher pode fazer em si mesma para verificar a presença de câncer nos seios. Quando fizer o auto exame na mama, deve procurar por protuberâncias, ondulações, checar a espessura dos seios e liberação de líquidos pelo mamilo.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum nas mulheres americanas. Uma em cada dez mulheres desenvolvem-no. A maioria dos casos de câncer de mama são descobertos através do auto exame. Quando o câncer de mama é descoberto cedo e tratado corretamente, as chances de cura são melhores. Toda mulher deveria fazer auto exame da mama regularmente.

Qual é a melhor hora para examinar os seios?

Examine seus seios uma vez por mês no fim de seu período menstrual, quando seus seios normalmente já não estão mais sensíveis ou inchados. Se você já teve a menopausa ou teve histerectomia, examine seus seios no primeiro dia do mês ou quando achar melhor, uma vez por mês.

Como fazer o auto exame?

O auto exame no seios consiste nos seguintes 5 passos:

Primeiro passo:

Examine seus seios no chuveiro ou na banheira pois as mãos escorregam mais facilmente quando a pele está molhada. Com seus dedos esticados, mova-os em toda a área de cada seio, procurando por protuberâncias, caroços duros e verifique a espessura.

Segundo passo:

Fique de pé em frente ao espelho e olhe os seios. Olhe primeiro com os braços esticados ao lado do corpo, depois com as mãos sobre a cabeça, depois com suas mãos na cintura apertando bem para que seus músculos do peito estejam flexionados. Procure por protuberâncias, diferenças em tamanho e formato e inchaço ou ondulações na pele. É normal os seios não serem exatamente iguais.

Terceiro Passo:

Examine seus seios com os dedos enquanto estiver sentada ou de pé. Devagar e metodicamente aperte o seio com a mão oposta a ele. Com seus dedos esticados, trabalhe na direção circular ou em espiral, começando do mamilo e movendo gradativamente para fora.

Quarto Passo:

Deite e repita o terceiro passo. Coloque um pequeno travesseiro ou uma toalha enrolada atrás de seu ombro esquerdo e ponha o braço esquerdo atrás da cabeça. Isso distribui o tecido dos seios mais igualmente no tórax. Use sua mão direita para examinar o seio esquerdo, como no terceiro passo, e então use a mão esquerda para examinar o seio direito. Sinta se existe algum caroço que não existe na mesma área do outro seio.

Quinto passo:

Aperte o mamilo de cada seio gentilmente entre o polegar e o dedo indicador. Fale para seu médico imediatamente caso ocorra alguma descarga de fluido.

Quando devo procurar o médico?

Se achar alguma protuberância, ondulação ou liberação de fluido durante o seu auto-exame, vá ao médico assim que possível. Não tenha medo. A maioria dos caroços não são cancerosos, mas somente o médico pode dar o diagnóstico.

Fonte: site - http://boasaude.uol.com.br