quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cisto pilonidal (cisto dermóide)


O que é?

O cisto pilonidal é uma inflamação que ocorre na região interglútea, na pele em cima do cóccix e sacro. Esta é uma doença que afeta mais comumente os adolescentes e adultos jovens, com o pico de incidência na terceira década de vida. O sexo masculino está acometido em 80% dos casos.

Como ocorre?

O termo pilonidal vem do latin pilus, que significa pêlo, e nidus (cisto), que significa ninho. Desta forma, é assim que o cisto pilonidal se desenvolve. O pêlo da região superficial ao cóccix e o sacro cresce para dentro da pele, funcionando como um corpo estranho, que causa um processo inflamatório e infecção subseqüente. Este corpo estranho se aproveitaria da vulnerabilidade da pele destes pacientes, e se aprofundaria nesta região, formando então, o cisto pilonidal.
O cisto pilonidal foi descrito pela primeira vez por um médico chamado Mayo, em 1883. Naquele período, se acreditava que o cisto fosse decorrente de um problema congênito da região. Atualmente a teoria mais aceita é de que o cisto pilonidal é realmente uma doença adquirida. A tendência que o cisto tem em recidivar é consistente com uma doença adquirida, já que caso contrário, a retirada do tecido mal formado resultaria na cura completa da doença.

Sintomas

Alguns pacientes são assintomáticos, mas apresentam uma pequena abertura na pele (orifício) da região sacro-coccígea, uns 5 cm acima do ânus. Os pacientes sintomáticos apresentam dor na região, edema (inchaço), vermelhidão, e saída de líquido purulento pelo orifício na pele. Em alguns casos, devido a intensidade do processo inflamatório e da infecção (abscesso), novos orifícios surgem na região, facilitando a saída espontânea do pus. Estes orifícios se comunicam por debaixo da pele, formando trajetos fistulosos, como se fossem “túneis”. Em alguns casos, devido a dor na região final da coluna (cóccix e sacro), algumas vezes o primeiro especialista a ser procurado é o ortopedista, que prontamente encaminhará o paciente ao proctologista.
Mais comumente, os pacientes apresentam saída crônica de líquido purulento pelos orifícios do cisto pilonidal, com períodos de melhora dos sintomas. Ao exame, os orifícios são observados, e algumas vezes é possível notar a projeção do pêlo através destes orifícios. Com a pressão manual sobre os trajetos fistulosos, é possível visualizar a saída de um líquido seroso e purulento.

Tratamento

O tratamento nos casos que se apresentam inicialmente como um abscesso da região deve ser a drenagem cirúrgica do abscesso, com a conseqüente retirada da secreção purulenta. Esta drenagem pode ser realizada com anestesia local, raquimedular ou geral, dependendo da intensidade do caso. Em alguns pacientes, este é o tratamento definitivo, principalmente naqueles acima dos 30 anos de idade. Deve-se salientar de que este tipo de evolução ocorre em menos de 40% dos casos submetidos a drenagem do abscesso. Os antibióticos têm pouco efeito nestes casos, e só devem ser utilizados em infecções graves ou em pacientes com comprometimento da imunidade.
No entanto, nos pacientes que apresentam a persistência do cisto, mesmo após a drenagem do mesmo, o tratamento cirúrgico está indicado. O procedimento cirúrgico ideal para estes casos é o que requer menor hospitalização, maior simplicidade técnica, e que tenha um baixo índice de recorrência da doença.
Nestes casos, indico em meus pacientes a abertura do cisto, a curetagem (raspagem) da parede interna do cisto, a retirada dos pêlos e a cauterização da região. Ou seja, o cisto é convertido em uma ferida aberta, que cicatrizará com o passar dos dias. Os trajetos fistulosos são identificados através de uma pinça que entra em um dos orifícios na pele e sai em outro. Em seguida, o trajeto é aberto. Um aspecto importante durante a preparação para cirurgia é a retirada completa dos pêlos da região. O mesmo procedimento também deverá ser mantido no período pós-operatório, mantendo-se uma área de 3 a 4cm sem pêlos a partir da ferida. A maior vantagem deste método é a sua facilidade técnica, e a maior desvantagem, o tempo de cicatrização (4 a 6 semanas).
Em geral, o paciente recebe alta hospitalar no dia seguinte ao da cirurgia, com orientação a respeito do curativo e sobre os analgésicos utilizados para o controle da dor. O curativo é realizado diariamente, com a lavagem da ferida com soro fisiológico, e colocação delicada de gazes. Desta forma haverá a cicatrização uniforme da ferida, até que em determinada fase desta cicatrização, a ferida estará quase fechada e não haverá a necessidade de colocação da gaze. É importante que o cirurgião ensine à pessoa que realizará o curativo o modo correto de realização do mesmo, evitando-se assim, dor desnecessária no momento da troca e melhores resultados.
Nos casos recidivados e já submetidos a este tipo de cirurgia, outras técnicas mais complexas podem ser utilizadas, como o fechamento da ferida no momento da cirurgia. No entanto, isto implica em um maior tempo de internação hospitalar e maior dificuldade cirúrgica, devendo-se assim, reservar este tipo de tratamento para casos selecionados.


Fonte: http://www.drfernandovalerio.com.br

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Diabetes Mellitus Tipo 2





O que é o Diabetes Mellitus tipo 2 ?

Possuir diabetes mellitus tipo 2, significa a não suficiente produção de insulina pelo organismo e/ou a incapacidade de usá-la adequadamente. Este problema em relação à insulina afeta a maneira como o organismo processa os alimentos.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas (uma grande glândula localizada atrás do estômago). Ao alimentar-se, o organismo transforma grande parte do alimento em açúcar (glicose) que o sangue levará para as células do corpo como energia. A insulina auxilia a entrada do açúcar nas células e controla sua taxa no sangue. Quando o organismo não produz insulina suficiente ou tem problema para usá-la adequadamente, as células não absorvem suficientemente açúcar do sangue. O resultado é uma alta na taxa de açúcar no sangue.

O diabetes mellitus tipo 2 é mais comum em adultos acima de 40 anos, principalmente se estes estão acima do peso. Crianças e adolescentes acima do peso também podem ter este tipo de diabetes.

O diabetes tipo 2 é mais comum do que o tipo 1 e costuma ser chamado de diabetes independente de insulina. (O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina nos casos de diabetes tipo 1).

A causa precisa do diabetes tipo 2 não é conhecida. No entanto, à medida que as pessoas envelhecem ou ganham peso, estão mais propensas a terem diabetes pois o pâncreas pode não funcionar adequadamente, ou as células podem se tornar incapazes de usar a insulina produzida por ele. Hereditariedade é também um importante fator.

Mulheres que tiveram bebês grandes (acima de 4Kg, por exemplo), ou que tiveram diabetes gestacional, têm um alto risco de desenvolverem diabetes mais tarde.

Quais são os sintomas?

O diabetes tipo 2 pode causar os seguintes sintomas:

- Aumento na micção;
- Sede excessiva e ingestão de muito líquido;
- Perda ou ganho de peso;
- Visão embaçada;
- Infecções cutâneas;
- Infecções vaginais;
- Cansaço;
- Cicatrização lenta;
- Sensações não comuns de formigamento, queimação e coceira na pele, normalmente nas mãos e pés;
- Infecções no prepúcio (pele que cobre o pênis) em homens não circunsisados.

Algumas pessoas não apresentam sintomas.

Como é diagnosticado?

O médico questionará sobre os sintomas e fará um exame sobre a taxa de açúcar no sangue ou poderá também verificar essa taxa em uma amostra da urina.

Como é tratado?

A melhor forma de tratamento é controlar o nível de açúcar no sangue. Isto é feito através de planejamento alimentar, exercício físico e alimentação.

O médico ou o nutricionista podem sugerir um guia contendo quais os alimentos deve comer e quantas calorias deve ingerir por dia. Se estiver acima do peso, o principal tratamento é comer menos e limitar as calorias em sua dieta. A perda de 3 a 4,5 Kg poderá reduzir ou eliminar a necessidade de medicação.

Atividade física é importante no controle do diabetes tipo 2. Os exercícios físicos melhoram a circulação e aumentam a queima de açúcar no sangue. Um dos melhores exercícios é a caminhada. Peça ao seu médico recomendações sobre quais atividades você pode fazer e como elas devem ser feitas.

O seu médico poderá receitar insulina ou outros tipos de medicamentos para controlar a taxa de glicose no sangue em complementação à dieta e às atividades físicas.

Quanto tempo os efeitos duram?

Praticar mais atividade física e não comer muito podem ajudar o corpo a reestabelecer o equilíbrio entre açúcar e insulina. Você pode ou não precisar de medicação mas com ou sem ela, sua melhora depende de seguir a dieta e os exercícios físicos prescritos pelo seu médico.

Que cuidados devem ser tomados?

Dieta:

- Siga a sua dieta.
- Use uma balança para pesar os alimentos.
- Aprenda a fazer escolhas saudáveis ao comer em restaurantes e/ou lanchonetes.
- Peça refeições para diabéticos quando viajar (por exemplo, em hotéis e aviões).

Para manter a dieta você pode:

- Beber água ou outras bebidas não-calóricas quando sentir vontade de comer entre as refeições.
- Não comer compulsivamente.
- Limitar a quantidade de bebidas alcoólicas.
- Comprar somente os alimentos de sua dieta.
- Comer em horários regulares.
- Comer somente à mesa.
- Comer devagar e mastigar bem os alimentos.

Aprenda a cuidar da pele e dos pés apropriadamente todos os dias. Leve remédio para diarréia quando viajar e tenha sempre uma identificação dizendo que é diabético, para casos de emergência.

Você pode obter panfletos e informações sobre diabetes, inclusive livros de receitas para diabéticos através da Associação Americana de Diabetes:

Endereço: The American Diabetes Association
1660 Duke Street
Alexandria, VA 22314.
Telefones: 1-800-DIABETES, 1-800-342-2383
Internet: www.diabetes.org

O que pode ser feito para prevenir o Diabetes Mellitus Tipo 2?

Ainda que tenha histórico de diabetes na sua família, é possível evitar o desenvolvimento da doença se:

- Mantiver o peso recomendado;
- Fazer exercício físico regularmente.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br

Hipotireoidismo


O hipotireoidismo ocorre quando a glândula tireóide não produz hormônio tireoideano em quantidades suficientes. Ter baixa produção causa os seguintes sintomas:

- Cansado extremo e de duração prolongada.
- Fraqueza muscular.
- Constipação.
- Aumento do peso.
- Ciclos menstruais volumosos ou longos.

Você pode ter outros problemas:

- Intolerância ao frio.
- O cabelo pode apresentar-se mais grosso, seco ou ficar grisalho prematuramente.
- Ressecamento da pele, face ou língua podendo ainda ficar mais grossa.
- Inchação das pálpebras.
- A voz pode ficar grave ou rouca.

Ainda outros problemas são:

- Freqüência cardíaca reduzida.
- Depressão.
- Perda do interesse suxual.
- Perda auditiva.
- Mãos dormentes ou com formigamento.

Quando esta doença não é tratada, os seguintes problemas podem ocorrer:

- Problemas mentais.
- Respiração dificultosa.
- Perda de consciência ou até mesmo coma.
- Inchaço da glândula tireóide (bócio).
- Incapacidade de manter uma temperatura corporal normal.

Quais as causas?

O hipotireoidismo acontece mais freqüentemente:

- Se tiver uma doença que cause inchaço na glândula tireóide.
- Se for submetido a tratamento com radiação para hipertireoidismo (quando sua glândula produz muito hormômio), ou tiver câncer.
- Se tiver um vírus ou uma bactéria que tenha infectado a tireóide.

Como é feito o diagnóstico?

Através de exames sangüíneos para medir os hormônios que o corpo produz.

Como é feito o tratamento?

Caso tenha hipotireoidismo, o médico prescreverá comprimidos de hormônio tireoideano que substituirá o que o corpo normalmente produziria.

- Após tomar os comprimidos de hormônio por aproximadamente 1 semana, é provável que sinta alguma melhora.
- Você será submetido (a) a novos exames de sangue para certificar-se de que estar tomando quantidades adequadas de hormônio.
- Após alguns meses, não deverá ter mais sinais da doença.
- É provável que tanha que tomar esta medicação pelo resto de sua vida.

Tomar seus comprimidos de hormônio é uma maneira simples e barata de manter uma vida saudável. É importante:

- Tomar seus comprimidos todos os dias.
- Checar seus hormônios sempre que seu médico sugerir.
- Fazer constantemente exames de averiguação.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br