domingo, 16 de dezembro de 2012

Resistência aos Antibióticos




Tomar o medicamento sem necessidade colabora para aumentar o problema, que fica cada vez mais difícil de ser tratado


A resistência aos antibióticos ocorre quando uma bactéria se transforma e se torna imune aos efeitos de um medicamento específico.
Você pode ajudar a prevenir a resistência aos antibióticos tomando o remédio somente quando necessário. Lembre-se que os antibióticos não funcionam contra infecções virais, como resfriados ou gripes.

E se você começa a tomar um antibiótico, nunca pule uma dose. Além disso, siga toda a programação medicamentosa que seu médico receitou, mesmo quando você já estiver se sentindo melhor.

Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA alertam sobre o tema e apontam que bactérias resistentes a antibióticos são perigosas porque:
- Pode ser difícil encontrar um medicamento capaz de eliminar essas bactérias
- Bactérias resistentes tendem a se espalhar mais rapidamente entre as famílias e nas comunidades
- As infecções tornam-se mais difícieis e mais caras de tratar
- As pessoas podem morrer de uma infecção resistente antes que possa ser tratada com sucesso.
Fonte: http://saude.ig.com.br

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Parada respiratória




Ela acontece quando há falta de oxigênio e excesso de gás carbônico no sangue. Pode ocorrer sozinha ou com parada cardíaca.
Pode estar associada a diversos fatores, como arritmia cardíaca, hemorragia, estado de choque, uso de drogas, choques elétricos e infarto agudo do miocárdio. Portanto, é necessário redobrar a atenção se a pessoa tem um ou mais fatores de risco para doença cardíaca:
homens com idade acima de 45 anos e mulheres com mais de 55
- familiar que já teve ou morreu de infarto
- obesidade, hipertensão, diabetes, sedentarismo e tabagismo

Como agir:

- Chame imediatamente o serviço médico de emergência 
- Deite a vítima de costas e verifique o pulso dela
Inicie os procedimentos de reanimação: coloque as mãos entrelaçadas no centro do tórax e comprima-o entre 4 e 5 cm, repetindo o procedimento 100 vezes por minuto até o socorro chegar. A cada 30 vezes, verifique se há pulso e continue
- Sem fazer nenhuma manobra de reanimação, a cada minuto se perde 10% da chance de reanimar a vítima. Se a reanimação não for feita em 10 minutos, a pessoa tem chances muito reduzidas de se salvar. É importante identificar a parada e começar imediatamente a manobra.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dicas para Melhorar a Memória




Como potencializar a memória e aumentar a agilidade cerebral

A rotina é um veneno para o cérebro. Assim como o sedentarismo torna o corpo indolente, o excesso de previsibilidade subutiliza o poder do córtex cerebral de formar novas associações. Tudo o que é inusitado estimula a comunicação entre os neurônios.

Despertar diferente

Mude a estação de rádio que o acorda todas as manhãs. Tome banho de olhos fechados. Escove os dentes com a outra mão. Circuitos sensoriais e motores normalmente pouco utilizados serão ativados.

Concentração nos estudos

Na hora de estudar, não tente aprender tudo ao mesmo tempo. Concentre-se em um tema e faça um resumo das atividades antes de se dedicar a outra matéria. Evite estudar 15 minutos de Química e meia hora de Português, por exemplo. Para as ''decorebas'', como os elementos da tabela periódica, frases associativas ajudam.

Sexo temperado

Pode apelar para óleos perfumados, bebidas geladas, músicas. Parece bom demais para ser verdade, mas sexo prazeroso e surpreendente mantém o cérebro vivo.

De volta ao passado

Desperte lembranças do colégio com a ajuda de fotos e cadernos. Use a imaginação e entre na escola, sinta o cheiro da cantina. Com a mente livre, uma lembrança ''puxa'' a outra. Você se surpreenderá recordando fatos que julgava esquecidos.

Seja sociável

Compre jornal em uma banca diferente, abasteça o carro em outro posto de gasolina, acene para crianças. Quando parecer seguro, puxe conversa com desconhecidos. Vá ao teatro, ao cinema e relembre as cenas e as emoções que elas lhe trouxeram. Discuta o filme ou a peça com os amigos. Procure sair freqüentemente com os colegas apenas para bater-papo. A mente precisa de uma vida cheia de estímulos.

Leitura eficiente

Quando o texto que você precisa ler na escola ou no trabalho parece desinteressante, algumas estratégias podem ajudar. Faça uma lista de perguntas cujas respostas quer encontrar no texto. Preste muita atenção às frases que resumem a idéia central de cada parágrafo. Descubra a coerência dos argumentos. Por último, tente desenhar um mapa mental com as idéias principais do texto. Isso ajuda a organizar o raciocínio.

Quebrando rotinas

Resista a seguir o mesmo caminho todos os dias. Invente rotas alternativas para chegar ao trabalho. Quando possível, entregue a direção do carro a alguém de confiança e siga no banco traseiro. A perspectiva da viagem é totalmente diferente.

Rosto familiar

Quem tem dificuldade de lembrar nomes e fisionomias pode tentar o seguinte exercício com a ajuda de um amigo. No mínimo, serve de passatempo em um dia chuvoso na praia. Cada um deve recortar dez fotos de rostos desconhecidos de jornais ou revistas e escrever o nome atrás da imagem. Troque as imagens com o colega e estude uma a uma antes de ler os nomes. Depois associe as primeiras impressões que a fisionomia lhe traz a seus respectivos nomes. Coloque as fotos de lado e, depois de 15 minutos, um amigo testa o outro para ver de quantos nomes se lembraram.

Muita calma nessa hora

O nervosismo e a ansiedade são os maiores causadores dos famosos ''brancos''. Você pode praticar exercícios de meditação quando os nervos atrapalharem alguma lembrança. Escolha um ambiente calmo e deite-se de costas, largando o corpo. Respire devagar e profundamente pelas narinas. Concentre-se e imagine uma luz branca e brilhante que acompanha seus movimentos de respiração. Treine uma vez por dia.

Férias neuróbicas

Viaje para lugares desconhecidos e evite grupos de excursão. Ande de ônibus, experimente a comida e as diversões locais, saia de carro sem um plano definido. A novidade é a essência das boas férias e do vigor cerebral.

Imagens distorcidas

Você pode treinar a memória na hora de montar a lista de compras. Imagine uma maçã com todos os detalhes - cores, defeitos, tamanho. Agora modifique sua maçã com alguns exageros - torne-a gigantesca, por exemplo. Faça isso com cinco itens no começo e com toda a lista no futuro.

Pausas para o cafezinho

São chances preciosas de relaxamento mental e interação social. Prefira almoçar fora do prédio da empresa e convide os amigos. Mas evite os chatos e as companhias estressantes.

Festim para os sentidos

Freqüente a feira livre com alma de explorador. Invente refeições com produtos cujo aspecto lhe pareça agradável. Visite mercados étnicos e prove novos cheiros e sabores. Eles acrescentam acordes na sinfonia de sua atividade cerebral.

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Reconstituindo o dia

Antes de dormir, procure relembrar tudo o que aconteceu durante seu dia, reconstituindo cenas e diálogos com detalhes e na ordem em que ocorreram. Com o tempo, os detalhes vêm à mente com mais facilidade

Corpo e mente sarados

Troque a esteira da academia pela corrida nas ruas. Andar, correr ou pedalar numa trilha ou calçada abre a mente para experiências multissensoriais com o imprevisto de cada esquina.

Novidades à mesa

Uma vez por mês, experimente pratos que sejam uma total novidade para você. Acompanhe a refeição com a música do país correspondente para acrescentar uma dimensão auditiva às sensações do paladar.

Nutrientes vitais

Comer bem é fundamental para garantir o bom funcionamento das células que atuam na aquisição da memória. Consuma muita água, sódio, cálcio e magnésio, presentes nos alimentos. Cápsulas de fósforo, diferentemente da crença popular, não melhoram a memória.

Sono restaurador

Para a memória, uma soneca de 50 minutos pode ter o efeito de uma noite bem dormida. É durante a fase dos sonhos que as informações adquiridas se instalam no cérebro, ''liberando espaço'' para novos aprendizados. O ideal, para quem estuda muito, é intercalar duas horas de estudo com uma soneca de uma hora. Mais valem dez minutos de estudo a cada dia do que cem minutos em um único dia.

Revirando a mesa

Troque objetos e mude-os de lugar em sua mesa de trabalho. Incorpore um pouco de ''desordem'' a sua rotina. Quando possível, altere o horário de reuniões e da realização das tarefas.

Praticar sempre

O cérebro pode ser comparado a um músculo que, se não for usado, atrofia. Vale tudo: desde as tradicionais palavras cruzadas até criar o hábito de anotar os sonhos logo ao acordar, com todos os detalhes possíveis. Aos poucos, a história escrita vai ficar cada vez mais completa.

Saiba mais:
Como potencializar a memória e aumentar a agilidade cerebral
A rotina é um veneno para o cérebro. Assim como o sedentarismo torna o corpo indolente, o excesso de previsibilidade subutiliza o poder do córtex cerebral de formar novas associações. Tudo o que é inusitado estimula a comunicação entre os neurônios.

Despertar diferente
Mude a estação de rádio que o acorda todas as manhãs. Tome banho de olhos fechados. Escove os dentes com a outra mão. Circuitos sensoriais e motores normalmente pouco utilizados serão ativados.

Concentração nos estudos
Na hora de estudar, não tente aprender tudo ao mesmo tempo. Concentre-se em um tema e faça um resumo das atividades antes de se dedicar a outra matéria. Evite estudar 15 minutos de Química e meia hora de Português, por exemplo. Para as ''decorebas'', como os elementos da tabela periódica, frases associativas ajudam.

Sexo temperado
Pode apelar para óleos perfumados, bebidas geladas, músicas. Parece bom demais para ser verdade, mas sexo prazeroso e surpreendente mantém o cérebro vivo.

De volta ao passado
Desperte lembranças do colégio com a ajuda de fotos e cadernos. Use a imaginação e entre na escola, sinta o cheiro da cantina. Com a mente livre, uma lembrança ''puxa'' a outra. Você se surpreenderá recordando fatos que julgava esquecidos.

Seja sociável
Compre jornal em uma banca diferente, abasteça o carro em outro posto de gasolina, acene para crianças. Quando parecer seguro, puxe conversa com desconhecidos. Vá ao teatro, ao cinema e relembre as cenas e as emoções que elas lhe trouxeram. Discuta o filme ou a peça com os amigos. Procure sair freqüentemente com os colegas apenas para bater-papo. A mente precisa de uma vida cheia de estímulos.

Leitura eficiente
Quando o texto que você precisa ler na escola ou no trabalho parece desinteressante, algumas estratégias podem ajudar. Faça uma lista de perguntas cujas respostas quer encontrar no texto. Preste muita atenção às frases que resumem a idéia central de cada parágrafo. Descubra a coerência dos argumentos. Por último, tente desenhar um mapa mental com as idéias principais do texto. Isso ajuda a organizar o raciocínio.

Quebrando rotinas
Resista a seguir o mesmo caminho todos os dias. Invente rotas alternativas para chegar ao trabalho. Quando possível, entregue a direção do carro a alguém de confiança e siga no banco traseiro. A perspectiva da viagem é totalmente diferente.

Rosto familiar
Quem tem dificuldade de lembrar nomes e fisionomias pode tentar o seguinte exercício com a ajuda de um amigo. No mínimo, serve de passatempo em um dia chuvoso na praia. Cada um deve recortar dez fotos de rostos desconhecidos de jornais ou revistas e escrever o nome atrás da imagem. Troque as imagens com o colega e estude uma a uma antes de ler os nomes. Depois associe as primeiras impressões que a fisionomia lhe traz a seus respectivos nomes. Coloque as fotos de lado e, depois de 15 minutos, um amigo testa o outro para ver de quantos nomes se lembraram.
Muita calma nessa hora
O nervosismo e a ansiedade são os maiores causadores dos famosos ''brancos''. Você pode praticar exercícios de meditação quando os nervos atrapalharem alguma lembrança. Escolha um ambiente calmo e deite-se de costas, largando o corpo. Respire devagar e profundamente pelas narinas. Concentre-se e imagine uma luz branca e brilhante que acompanha seus movimentos de respiração. Treine uma vez por dia.

Férias neuróbicas
Viaje para lugares desconhecidos e evite grupos de excursão. Ande de ônibus, experimente a comida e as diversões locais, saia de carro sem um plano definido. A novidade é a essência das boas férias e do vigor cerebral.

Imagens distorcidas
Você pode treinar a memória na hora de montar a lista de compras. Imagine uma maçã com todos os detalhes - cores, defeitos, tamanho. Agora modifique sua maçã com alguns exageros - torne-a gigantesca, por exemplo. Faça isso com cinco itens no começo e com toda a lista no futuro.

Pausas para o cafezinho
São chances preciosas de relaxamento mental e interação social. Prefira almoçar fora do prédio da empresa e convide os amigos. Mas evite os chatos e as companhias estressantes.

Festim para os sentidos
Freqüente a feira livre com alma de explorador. Invente refeições com produtos cujo aspecto lhe pareça agradável. Visite mercados étnicos e prove novos cheiros e sabores. Eles acrescentam acordes na sinfonia de sua atividade cerebral.

Reconstituindo o dia
Antes de dormir, procure relembrar tudo o que aconteceu durante seu dia, reconstituindo cenas e diálogos com detalhes e na ordem em que ocorreram. Com o tempo, os detalhes vêm à mente com mais facilidade

Corpo e mente sarados
Troque a esteira da academia pela corrida nas ruas. Andar, correr ou pedalar numa trilha ou calçada abre a mente para experiências multissensoriais com o imprevisto de cada esquina.

Novidades à mesa
Uma vez por mês, experimente pratos que sejam uma total novidade para você. Acompanhe a refeição com a música do país correspondente para acrescentar uma dimensão auditiva às sensações do paladar.

Nutrientes vitais
Comer bem é fundamental para garantir o bom funcionamento das células que atuam na aquisição da memória. Consuma muita água, sódio, cálcio e magnésio, presentes nos alimentos. Cápsulas de fósforo, diferentemente da crença popular, não melhoram a memória.

Sono restaurador
Para a memória, uma soneca de 50 minutos pode ter o efeito de uma noite bem dormida. É durante a fase dos sonhos que as informações adquiridas se instalam no cérebro, ''liberando espaço'' para novos aprendizados. O ideal, para quem estuda muito, é intercalar duas horas de estudo com uma soneca de uma hora. Mais valem dez minutos de estudo a cada dia do que cem minutos em um único dia.

Revirando a mesa
Troque objetos e mude-os de lugar em sua mesa de trabalho. Incorpore um pouco de ''desordem'' a sua rotina. Quando possível, altere o horário de reuniões e da realização das tarefas.

Praticar sempre
O cérebro pode ser comparado a um músculo que, se não for usado, atrofia. Vale tudo: desde as tradicionais palavras cruzadas até criar o hábito de anotar os sonhos logo ao acordar, com todos os detalhes possíveis. Aos poucos, a história escrita vai ficar cada vez mais completa.

Fonte: Revista Época / site: artigonal.com

terça-feira, 24 de abril de 2012

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA



A insuficiência cardíaca é uma doença do músculo do coração, que resulta em um déficit de bombeamento do sangue pelo coração. Assim, o coração não pode enviar sangue suficiente para os diferentes órgãos do corpo, causando vários efeitos colaterais, incluindo insuficiência renal, edema, insuficiência pulmonar, por exemplo.

A insuficiência cardíaca afeta principalmente as pessoas mais velhas e ocorre cada vez com mais frequência, devido ao envelhecimento da população.

Os principais sintomas da insuficiência cardíaca são a fadiga, sonolência, confusão e edema.

O diagnóstico da insuficiência cardíaca consiste em primeiro lugar em detectar os sintomas, seguido por um exame clínico. O médico também pode realizar uma radiografia, eletrocardiograma, a fim de avaliar a função cardíaca.

Muitos medicamentos são utilizados para tratar a insuficiência cardíaca. O médico irá recorrer aos medicamentos anti-hipertensivos, com diuréticos ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA).

Paralelamente a essas drogas, é possível melhorar o prognóstico cuidando da forma física e da alimentação.




Definição de Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca é o resultado de uma diminuição da capacidade de bombeamento do coração. O débito cardíaco é bastante reduzido, causando vários efeitos colaterais, tais com

- congestão venosa devido ao fraco retorno venoso, o aparecimento de edema, bem como o aumento do volume de certos órgãos como o fígado;

- a congestão pulmonar, com a estagnação nos pulmões, diminuição da função pulmonar e doenças respiratórias.

O músculo cardíaco é composto de duas partes (lado esquerdo e direito), entre os jovens, os efeitos podem ser diferentes, dependendo da parte afetada. É necessário especificar se a insuficiência cardíaca ocorreu do lado esquerdo ou direito. Por outro lado, em relação às pessoas mais velhas, os dois lados do coração são geralmente afetados da mesma maneira.

A insuficiência cardíaca é dividida em dois tipos principais, a insuficiência cardíaca sistólica (mais comum) e a insuficiência cardíaca diastólica.

Na insuficiência cardíaca sistólica, o coração se contrai menos, não sendo possível enviar todo o sangue. Uma parte do sangue permanece nos ventrículos (cavidades inferiores do coração), e posteriormente causando um acúmulo de sangue nas veias.

Na insuficiência cardíaca diastólica, o coração não relaxa após a contração. Assim, suas cavidades não são preenchidas normalmente e novamente ocorre um acúmulo de sangue nas veias.




Causas da Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca pode ser causada por todas as doenças que afetam o coração, direta ou indiretamente. Em princípio, a insuficiência cardíaca é unilateral. Se ela afeta a capacidade de bombear o sangue do coração para o resto do corpo, é chamada de insuficiência cardíaca sistólica (ICS). Por outro lado, falamos de insuficiência cardíaca diastólica (ICD), quando há uma falha na capacidade de enchimento de sangue no coração. Em pessoas idosas ou com certas doenças, como hipertensão, podem ser encontrados os dois tipos de insuficiência cardíaca, ao mesmo tempo.

Em todos os casos de insuficiência cardíaca, o corpo vai utilizar um mecanismo de compensação. Este mecanismo vai permitir uma melhor função cardíaca à curto prazo, pois à longo prazo, isso pode agravar ainsuficiência cardíaca.




Insuficiência Cardíaca Sistólica (ICS)

Na insuficiência cardíaca sistólica, o coração perde a sua capacidade de contrair de forma adequada, o que permitiria que o sangue fosse enviado para a corrente sanguínea. Na verdade, neste caso, as doenças que causam insuficiência cardíaca sistólica podem danificar o músculo cardíaco. Isto é o caso notadamente das seguintes doenças:

- Doença arterial coronariana: o coração não é devidamente oxigenado;

- Miocardite (inflamação do músculo cardíaco) devido às infecções;

- Doenças das válvulas do coraçã provocam refluxo de sangue para o coração;

- Arritmias cardíacas;

- Hipertensão arterial pulmonar: o coração trabalha mais, ele se expande, e provoca uma insuficiência cardíaca sistólica;

- Embolia pulmonar;

Algumas outras condições provocam a insuficiência cardíaca sistólica indiretamente, sendo elas as seguintes doenças:

- Anemia, o coração deve trabalhar mais para prover a quantidade necessária para o resto do corpo;

- Distúrbios da tireoide (hipotireoidismo e hipertireoidismo). O hipertireoidismo estimula mais o coração, o que o enfraquece, enquanto no hipotireoidismo há uma redução do hormônio da tireoide. Como o coração é um órgão dependente desses hormônios da tireoide, eventualmente, há um enfraquecimento do coração devido à redução desses hormônios.

- Insuficiência renal: os rins não conseguem eliminar bem. O coração bombeia mais sangue e se fatiga.




Insuficiência Cardíaca Diastólica (ICD)

Na insuficiência cardíaca diastólica, o coração tem dificuldade para se preencher, isto normalmente vem com a idade. Com efeito, as paredes do coração tornam-se mais rígidas. Outras causas de insuficiência cardíaca diastólica sã

- Hipertensão;

- Infecções que provocam um enrijecimento das paredes do coração;

- A pericardite (inflamação do revestimento do coração).




Mecanismo de Compensação


Na insuficiência cardíaca, o corpo utiliza diversos mecanismos de compensação. Estes mecanismos são muitas vezes úteis e eficazes, após um infarto do miocárdio, por exemplo. No entanto, a longo prazo, eles vão agravar a insuficiência cardíaca.




Estes mecanismos são:

- Liberação dos hormônios adrenalina e noradrenalina: este último irá aumentar a frequência e o trabalho cardíaco, a fim de aumentar o débito cardíaco (= aumento da quantidade de sangue bombeada para a circulação);

- Diminuição da eliminação de sódio e água pelos rins: isso permite o aumento do volume sanguíneo, melhora a pressão;

- Aumento do volume das paredes dos ventrículos: as contrações são mais fortes, mas, eventualmente, tornam-se duras e causam a insuficiência cardíaca diastólica.




Pessoas de risco na Insuficiência Cardíaca

As pessoas com maior probabilidade de desenvolver a insuficiência cardíaca são as pessoas:

- idosas;

- que sofrem de hipertensão arterial;

- que sofrem de insuficiência renal;

- que sofrem de pericardite;

- que sofrem de hipo ou hipertireoidismo;

- anêmicas;

- que sofrem de uma inflamação do músculo do coração.




Sintomas da Insuficiência Cardíaca

Na insuficiência cardíaca, os sintomas serão diferentes para a insuficiência cardíaca sistólica e a insuficiência cardíaca diastólica. Isso quer dizer que, o estado do coração se agrava, quando os mecanismos compensatórios não são mais eficazes. No entanto, podemos dizer que os sintomas de insuficiência cardíaca, em geral, sã

- Fadiga e fraqueza durante o exercício, devido à falta de oxigenação muscular;

- Sonolência;

- Confusão

Os sintomas se instalam em geral de maneira lenta. Diferentemente do infarto do miocárdio (coração).

Os sintomas no caso da insuficiência cardíaca direita sã edemas nos pés, tornozelos, pernas, fígado e abdômen. Náuseas e perda de apetite podem ocorrer quando demasiado líquido se acumula no abdômen.Perda de apetite, resultando em perda de peso e perda de massa muscular.


Quando a insuficiência cardíaca é esquerda, há um acúmulo de líquido nos pulmões. Isso gera uma dificuldade para respirar. Uma crise aguda de insuficiência cardíaca esquerda com um aumento súbito de água nos pulmões provoca desconforto e ansiedade. Uma complicação da insuficiência cardíaca esquerda é o surgimento da insuficiência cardíaca direita. Uma crise aguda requer hospitalização imediata, pois é uma situação de emergência.



Diagnóstico da Insuficiência Cardíaca

O surgimento dos sintomas faz com que haja suspeita da presença de insuficiência cardíaca.

O médico irá então proceder com um exame clínico, radiografia do tórax ou com um ecocardiograma que dá a imagem do coração. O médico irá usar o eletrocardiograma (ECG) a fim de determinar e avaliar as funções cardíacas. A cintilografia e o cateterismo cardíaco com angiografia permitem determinar as causas da insuficiência cardíaca. A biópsia só será realizada quando houver suspeita de infecção.




Exame Clínico
Durante o exame clínico, o médico vai olhar para os seguintes sinais clínicos para confirmar a presença da insuficiência cardíaca:

- Muitas vezes, um pulso fraco e rápido;

- Pressão arterial baixa;

- Arritmias;

- Distensão do coração;

- Acúmulo de líquido nos pulmões;

- Fígado “gordo”;

- Edema presente no abdômen ou membros inferiores (pés, tornozelos e pernas).




Radiografia do Tórax

A radiografia do tórax pode mostrar o tamanho do coração e a presença ou ausência de líquido nos pulmões.

Eletrocardiograma (ECG)

O eletrocardiograma é um instrumento importante para o médico, que o permite avaliar a função cardíaca. Para determinar se:

- há um ritmo cardíaco anormal;

- as paredes dos ventrículos estão mais espessas.




Ecocardiografia

A ecocardiografia é uma segunda ferramenta médica utilizada para avaliar a função cardíaca. O médico determinará:

- a espessura da parede do coração;

- o funcionamento das válvulas;

- a contração cardíaca.




Complicações da Insuficiência Cardíaca

Na insuficiência cardíaca, o coração para de funcionar corretamente e não pode enviar oxigênio suficiente para o cérebro, especialmente para áreas do cérebro que controlam a respiração. Isto leva à uma respiração periódica de difícil respiração, conhecida com respiração de Cheyne-Stokes. O paciente terá uma respiração profunda e rápida no início, e depois começa a ter apneia.

O músculo cardíaco tem dificuldade em bombear o sangue para fora das cavidades do coração na insuficiência cardíaca. O sangue estagna e forma coágulos sanguíneos. Estes coágulos são então empurrados para a corrente sanguínea, podendo obstruir as artérias do corpo, causando embolia. Fala-se em Acidente Vascular Cerebral (AVC) quando um coágulo obstrui uma artéria no cérebro. Um acidente vascular cerebral é perigoso e pode custar a vida do paciente, ou sequelas graves se não for tratada rapidamente.

Outras complicações da insuficiência cardíaca são os mesmos sintomas de insuficiência cardíaca, com o aparecimento de edemas em vários locais do corp os pés, tornozelos, pernas, fígado e abdômen.

Além disso, a insuficiência cardíaca esquerda pode resultar, eventualmente, em insuficiência cardíaca direita.





Tratamento da Insuficiência Cardíaca

O médico irá garantir não só o tratamento da insuficiência cardíaca, mas também das doenças que causam a insuficiência cardíaca ou que a agravam. Para isso, o médico irá utilizar uma variedade de medicamentos. A cirurgia só será realizada em casos de insuficiência cardíaca grave. De fato, a insuficiência cardíaca é uma doença crônica, mas os medicamentos vão melhorar a qualidade de vida e a expectativa de vida dos pacientes. Nota-se que, durante a insuficiência cardíaca aguda, a medicação vai ser diferente. Além disso, medidas de dietas e de um estilo de vida melhor podem ter efeitos benéficos na insuficiência cardíaca.




Tratamento da Causa

Dependendo da doença que provoca a insuficiência cardíaca, o médico irá utilizar vários medicamentos:

- Anti-hipertensivos;

- Antibióticos;

- Antianêmicos;

- Medicamentos contra a hipo ou hipertireoidismo.




Controle dos fatores associados e que agravam a insuficiência cardíaca

Ao controlar os fatores associados, diminuímos o risco de doenças coronarianas, de modo que contribuam para um melhor funcionamento do coração.

- Mudança no estilo de vida, manter a melhor forma possível;

- Reduzir a obesidade, já que essa condição força o coração a trabalhar mais. Fazer dieta.

- Parar de fumar, já que o fumo aumenta o risco de infarto do miocárdio;

- Controle da Diabetes;

- Diminuir a taxa de colesterol com uma dieta;

- Evitar dietas com elevado teor de sal, pois interfere com diuréticos;

- Reduzir o inchaço, elevando as pernas quando estiver sentado ou apoiar a cabeçasobre travesseiros se estiver com água acumulada nos pulmões;

- Diminuir os edemas utilizando meias de compressão.




Tratamento da Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca deve ser cuidadosamente monitorada pelo médico, pois pode piorar de repente. Muitos medicamentos são utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca:

- diuréticos para reduzir o edema. Existem vários tipos de diuréticos: diuréticos de alça, diuréticos tiazídicos. Estes medicamentos são normalmente administrados por via oral. Em caso de emergência, porém, será administrado por via intravenosa. Nota-se que, os diuréticos provocam perda de potássio, o médico irá usar um diurético poupador de potássio (espironolactona, por exemplo) ou fará uma suplementação com potássio;

- inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA). Esta é a principal ferramenta para o tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca. Estes medicamentos reduzem os sintomas e prolongam a duração de vida. Os inibidores da ECA causam dilatação das veias e artérias, facilitando a eliminação do excesso de água, reduzindo assim a sobrecarga do coração. Seu principal efeito colateral é o aparecimento da tosse. Razão pelo qual eles preferem os inibidores da ECA ou enzima conversora da Angiotensina II;

- Vasodilatadores. Hidralazina e nitroglicerina em spray e adesivo são utilizados quando o tratamento com inibidores da ECA não são eficazes;

-Beta-bloqueadores: melhoram a função cardíaca por abrandar o ritmo cardíaco e a força de contração;

- Digoxina: diminui a frequência cardíaca e a força dos batimentos cardíacos;

- Anticoagulantes: são usados para evitar os coágulos sanguíneos;

- Medicamentos antiarrítmicos: devem ser utilizados em transtornos do ritmo cardíaco;

- A cirurgia é um transplante do coração que é feita quando os medicamentos não são eficazes e que a insuficiência cardíaca é grave.




Tratamento da Insuficiência Cardíaca Aguda

O tratamento da insuficiência cardíaca aguda se faz na urgência do hospital. O médico irá prescrever medicamentos de ação rápida: os diuréticos e nitroglicerina por via intravenosa ou sublingual.

O médico, por vezes, recorre à morfina, para reduzir a ansiedade, se o paciente sofrer de edema pulmonar agudo.




Conselhos de prevenção e tratamento da Insuficiência Cardíaca

Conselhos de prevenção da Insuficiência Cardíaca

Uma vez que muitas doenças podem causar insuficiência cardíaca, é necessário tratá-las. Estas doenças são a hipertensão, hipo ou hipertireoidismo e anemia severa.

Um estilo de vida saudável também é aconselhável para manter o coração em boa condição de trabalho. Nós iremos enfatizar a atividade física e uma dieta saudável. De fato, a atividade física fortalece o músculo cardíaco e evita o sobrepeso. O excesso de peso tende a sobrecarregar o coração. Uma dieta com baixo teor de sal, por sua vez, impede a retenção de líquidos. Também evite alimentos ricos em colesterol, pois podem entupir as artérias, causando a sobrecarga do coração.

Recomendamos também cessar o uso do tabaco, pois ele aumenta o risco de infarto do coração e, consequentemente, da insuficiência cardíaca.




Conselhos de tratamento da Insuficiência Cardíaca

Na insuficiência cardíaca, é fundamental manter as medidas tomadas para prevenir a insuficiência cardíaca:

- Tratar as doenças que podem provocar a insuficiência cardíaca;

- Manter bons hábitos alimentares e a atividade física;

Além disso, quando há edemas nos membros inferiores, é fortemente aconselhado a usar meias elásticas, elevar as pernas quando estiver sentado ou deitado. Se o edema for encontrado nos pulmões, deve-se repousar a cabeça sobre vários travesseiros para elevar a parte superior do corpo.

Finalmente, lembramos que é essencial fazer uma revisão completa dos seus medicamentos e ir ao médico regularmente, pois a insuficiência cardíaca é uma doença crônica que pode mudar rapidamente e colocar a vida dos pacientes em risco.



Fonte: Site - criasaude.com.br

terça-feira, 20 de março de 2012

Varizes



O que são varizes?

Elas podem se apresentar em diversas formas: apenas como pequenas linhas avermelhadas, azuladas ou na forma de nódulos escuros que saltam na pele. Em qualquer um dos casos, indicam problemas na circulação sangüínea e devem ser tratadas. O doutor Edson explica que as mulheres são mais propensas a desenvolver varizes do que os homens, numa proporção de um homem para cada quatro mulheres. Acredita-se que isto seja devido à influência dos hormônios sexuais femininos, mas os fatores genéticos também são muito importantes, assim como os hábitos e a saúde da paciente (a pílula anticoncepcional o salto alto, por exemplo, podem agravar o problema).


Saiba como prevenir as varizes

Como em quase tudo o que acontece de desagradável com o nosso corpo, a prevenção das varizes passa pelo estabelecimento de hábitos saudáveis como práticar exercícios regularmente, ter uma alimentação saudável, não fumar e evitar o estresse. Como observa o angiologista Edson Amaro Neves, embora os fatores genéticos não possam ser ignorados, hábitos saudáveis previnem e ajudam a curar varizes.


Mas existem alguns cuidados extras que podem ser tomados. Veja quais:

Evite o uso de saltos altos, pois eles atrapalham a circulação do sangue.
Consulte um médico e peça orientações específicas se for iniciar o tratamento com a pílula anticoncepcional.
Evite o hábito de carregar pesos. Se isso for inevitável, procure alternativas como carrinhos com rodinhas, por exemplo.
Não fique o dia inteiro na mesma posição. Se isso for inevitável, levante-se regularmente para liberar a circulação sangüínea.
Tenha cuidado com exercícios como a musculação ou a aeróbica de alto impacto, porque provocam uma maior tensão nos vasos e, por conseqüencia, a sua dilatação.
Evite permanecer em lugares quentes por muito tempo, como em saunas, sessões de bronzeamento ou banhos quentes, porque também provocam dilatação dos vasos.
Sempre que possível, deite-se com as pernas elevadas, para favorecer o retorno venoso, já que os pés ficarão mais altos que o coração.
Jamais trate as varizes sem o acompanhamento de um angiologista.


Conheça os principais tratamentos

Dependendo do tipo de variz, existem formas de tratamento mais adequados. O importante é começar cedo, pois, quanto mais desenvolvidas estiverem as varizes, mais dolorosa e demorada vai ser a solução.

Para as varizes pequenas, a escleroterapia é o método mais utilizado, e consiste na aplicação de injeções nas veias. Essas aplicações também podem ser feitas sem injeção, por laser ou radiofreqüência.

Para as varizes de maior calibre, o método é o da microcirurgia, que, na maioria dos casos, pode ser feita até em ambulatório com anestesia local.

Fonte: "Manual das Varizes" Dr. Edson Amaro Neves / terra.com.br

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Azia durante a Gravidez



A azia (ou refluxo) é um sintoma comum durante a gravidez, a partir do segundo trimestre. É tipicamente caracterizada por uma sensação desagradável de ardor no peito e garganta, à qual se associa o sabor ácido na boca.
O aparecimento da azia durante a gravidez deve-se ao aumento do útero e às alterações hormonais próprias desta fase. Vejamos em pormenor estes dois aspectos relevantes:


O espaço cada vez maior que o útero ocupa leva a que o estômago e o intestino sofram uma grande pressão e, consequentemente, a digestão se torne mais lenta. Esta pressão sobre estômago e o consequente desenvolvimento de gases fazem com que a comida suba de novo para o esófago;
As alterações hormonais durante a gravidez provocam grandes mudanças no organismo da mulher. Neste caso em particular, o aumento do nível da progesterona leva a um relaxamento generalizado dos órgãos, nomeadamente do esfíncter esofágico inferior – válvula situada entre o estômago e o esófago. Embora se encontre normalmente bem fechado, o relaxamento deste órgão provocado pela variação dos níveis de progesterona leva a que conteúdo do estômago volte para o esófago, levando à irritação característica da azia.
Apesar de não poder ser completamente eliminada, geralmente a azia melhora se tiver os seguintes cuidados:
Coma de forma moderada e racional (entre 5 a 6 refeições por dia), evitando fritos e comidas muito condimentadas;
Após as refeições, masque uma pastilha elástica, pois estimula a produção de saliva, que ajuda a neutralizar os ácidos do estômago;
Evite bebidas com gás, álcool, café, chocolate, sumos de fruta ácidos, tomate, mostarda, vinagre;
Modere ao máximo o consumo ou exposição ao tabaco;
Não se deite após as refeições (deverá evitar comer 3 horas antes de ir para a cama, uma vez que os ácidos do estômago sobem mais facilmente quando está deitada);
Levante a cabeceira da cama, de forma a elevar o corpo e, desta forma, manter os ácidos no estômago, ajudando à digestão;
Controle o seu peso, com a supervisão do seu médico obstetra;
Use roupa larga e confortável, especialmente à volta da cintura e estômago.
Se não melhorar adoptando estas medidas, aconselhe-se com o obstetra sobre a medicação indicada para a azia e para os cuidados a ter durante a gravidez.


Fonte: http://aminhagravidez.com

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dor de Garganta



A dor de garganta, uma dos sintomas mais comuns da prática médica, tanto em adultos quanto em crianças, surge geralmente devido a um quadro de faringite e/ou amigdalite. Neste texto vamos explicar as causas, os sintomas e o tratamento da dor de garganta.


Faringite é o nome dado à inflamação da faringe; amigdalite é a inflamação das amígdalas. Ambas apresentam como principal sintoma a dor de garganta. Como estão anatomicamente próximas, é muito comum a faringe e as amígdalas inflamarem simultaneamente, um quadro chamado de faringoamigdalite. Apesar de inflamarem juntas, algumas pessoas tem predominantemente amigdalite, enquanto outras, faringites. Ao longo do texto vou alternar os termos faringite e amigdalite, mas o que vale para uma, também serve para a outra.
Antes de continuarmos, estudem o desenho ao lado para saberem de que estruturas vou falar a seguir. Todas elas podem ser vistas ao abrirmos a boca em frente a um espelho.

A faringoamigdalite pode ser causada por infecções bacterianas ou virais. A maioria dos casos é de origem viral. Vários tipos de vírus podem levar à faringite e/ou amigdalite. A gripe é um exemplo comum de dor de garganta de origem viral (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).


Orofaringe
As faringites virais são processos benignos que se resolvem espontaneamente, ao contrário das faringites ou amigdalites bacterianas podem levar a complicações, como abscessos e febre reumática. A dor de garganta causada por bactérias deve ser sempre tratada com antibióticos (explico o porquê adiante).

Como distinguir uma amigdalite viral de uma bacteriana?

O modo mais correto é através da coleta de material da garganta por swab ou Zaragatoa, uma vareta com algodão na ponta usada para colher material da área inflamada para posterior avaliação laboratorial. A análise do material colhido pelo swab consegue identificar o agente infeccioso, seja uma bactéria ou um vírus.

Apesar da ajuda do swab, há um problema de ordem prática: a identificação do agente infeccioso demora pelo menos 48-72h. Por isso, muitas vezes os médicos optam por iniciar o tratamento baseado em achados clínicos. Até já existem testes laboratoriais mais rápidos para se identificar bactérias, mas nem sempre há facilidade para se colher e enviar o material para análise.

Explicaremos a seguir como distinguir uma faringite viral de uma faringite bacteriana apenas com elementos clínicos.

Sintomas da faringite | Sintomas da amigdalite

Os sintomas da amigdalites/faringite são:

- Dor de garganta
- Febre
- Dores pelo corpo
- Dor de cabeça
- Prostração

Todos os sintomas citados acima são comuns tanto em infecções virais quanto bacterianas. São necessários, portanto, outros elementos para distinguir uma da outra.


Faringite viral - Inflamação sem edema de úvula, sem pus ou petéquias.
Normalmente as faringites virais vêm acompanhadas de outros sinais de infecção das vias respiratórias, como tosse, espirros, constipação nasal, conjuntivite e/ou rouquidão. Infecções respiratórias de origem viral não costumam causar sintomas restritos à faringe ou amígdala. Outra dica é que na faringite viral, apesar da garganta ficar muito inflamada, não é comum haver pus.


Amigdalite bacteriana - pontos de pus nas amígdalas e inchaço da úvula
Já as amigdalites causadas por bactérias, além de não apresentarem os sintomas respiratórios descritos acima, costumam causar pontos de pus nas amígdalas e aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço. A faringite bacteriana também pode causar edema da úvula e petéquias (pontos hemorrágicos) no palato. A febre da infecção bacteriana costuma ser mais alta que na viral, mas isso não é uma regra, já que há casos de gripe com febre bem alta.


Amigdalite bacteriana - petéquias no palato
A presença de pus e gânglios aumentados na região do pescoço fala fortemente a favor de uma faringite bacteriana. Entretanto, algumas infecções virais, como a mononucleose infecciosa também podem cursar com estes achados.

A mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr e costuma se apresenta com febre, amigdalite purulenta e aumento de linfonodos na região posterior do pescoço (ao contrário da amigdalite bacteriana que apresenta aumento dos linfonodos da região anterior do pescoço). Outros sinais e sintomas possíveis são o aumento do baço, perda de peso, cansaço extremo e sinais de hepatite. O quadro de mononucleose pode ser facilmente confundido com uma faringoamigdalite bacteriana. A prescrição de antibióticos, como a Amoxacilina, em doentes com mononucleose pode levar a um quadro de alergia, com aparecimento manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Saiba mais em: (leia: MONONUCLEOSE - DOENÇA DO BEIJO ).

Como se pode ver, a distinção entre faringites virais e bacteriana é importante, já que os tratamentos são diferentes. Se houver suspeita de faringite viral, o indicado é repouso, hidratação e sintomáticos. Se o quadro sugerir faringite bacteriana, devemos iniciar antibióticos visando não só acelerar o processo de cura, mas também a prevenção das complicações e da transmissão para outras pessoas da família, principalmente aquelas com contato íntimo e prolongado.

Complicações das faringites/amigdalites bacterianas

Entre as complicações das faringites bacterianas, a principal é a febre reumática, que ocorre principalmente em jovens e crianças (leia: FEBRE REUMÁTICA | Sintomas e tratamento).

A escarlatina é uma doença causada pela bactéria Streptococcus. Apresenta-se como faringite, febre e rash difuso.(leia: ESCARLATINA | Sintomas e tratamento).

A glomerulonefrite pós estreptocócica é uma lesão renal também causada pela mesma bactéria Streptococcus. Costuma cursar com hipertensão (leia: SINTOMAS E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO), presença de sangue na urina (leia: HEMATÚRIA (URINA COM SANGUE)) e insuficiência renal aguda. (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA ).

Existe uma tipo de psoríase, chamado de psoríase gutata, que está relacionada a faringites pelo Streptococcus. (leia: PSORÍASE | Tipos e sintomas). São lesões de pele que surgem sempre que há uma infecção de garganta, desaparecendo após a sua cura.

Tratamento da amigdalite | Tratamento da faringite

Para se evitar as complicações das amigdalites bacterianas descritas acima, o tratamento deve ser sempre feito com antibióticos. Na maioria dos casos, em 48h já há uma grande melhora dos sintomas.

O tratamento com antibióticos derivados da penicilina, como amoxacilina, deve ser feito por 10 dias. Nos pacientes alérgicos a penicilina uma opção é Azitromicina por 5 dias. Naqueles doentes com intenso edema da faringe, que não conseguem engolir comprimidos, ou naqueles que não desejam ficar tomando remédio por vários dias, uma opção é a injeção intramuscular de penicilina Benzatina, o famoso Benzetacil, administrado em dose única.

Se os sintomas da faringite bacteriana forem muito fortes, enquanto espera-se o efeito dos antibióticos, pode-se usar anti-inflamatórios para aliviar a inflamação da garganta. Mas atenção, os anti-inflamatórios são apenas sintomáticos, eles não tratam a infecção bacteriana.

A faringites virais normalmente duram apenas quatro ou cinco dias e se curam sozinhas. Não é preciso, nem é indicado, o uso de antibióticos. Se os sintomas forem muito incômodos, pode-se usar anti-inflamatórios por dois ou três dias. De resto, repouso e boa hidratação.

Tratamentos alternativos:
Mel: Não há nenhum trabalho que tenha conseguido demonstrar benefício do mel.
Própolis: Apresenta efeito anti-inflamatório pequeno. Funciona muito menos que qualquer anti-inflamatório comum.
Papaína: Além de não melhorar, em grandes quantidades pode piorar a inflamação.
Não há trabalhos que provem a eficácia da homeopatia ou fitoterapia no tratamento das faringites. O tempo de doença e a incidência de complicações é igual ao placebo.
Quem quiser alívio sintomático sem tomar muitos remédios, o ideal é realizar vários gargarejos diários com água morna e uma pitada de sal.

A retirada das amígdalas (amigdalectomia) é uma opção nas crianças que apresentam mais de seis episódios de faringite estreptocócica por ano. Como a incidência das complicações é muito menor em adultos, neste grupo a indicação de amigdalectomia é mais controversa, pois existe a possibilidade de não haver melhora, fazendo apenas com que o paciente deixe de ter crises de amigdalites e passe a ter crises de faringites, o que no final dá no mesmo.

Em pacientes com infecções de garganta de repetição podem-se formar criptas (pequenos buracos) nas amígdalas. Estas acumulam cáseo (ou caseum), uma substância amarelada, parecida com pus, que é na verdade restos celulares de processos inflamatórios antigos. O cáseo pode causar mau hálito em pessoas com amigdalite/faringite crônica

Leia o texto original no site MD.Saúde: DOR DE GARGANTA | FARINGITE | AMIGDALITE http://www.mdsaude.com/2009/03/dor-de-garganta-faringite-amigdalite.html#ixzz1kfYw7bXr