sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Manual para proteger as crianças de picada de insetos


Todo verão é a mesma coisa. De dia são os borrachudos que insistem em atacar as pernas do seu filho e à noite, os pernilongos que não o deixam dormir (e nem você!). Mesmo vivendo na cidade, é praticamente impossível se livrar ainda das formigas, aranhas e pulgas. E as crianças são mais sensíveis e podem apresentar reações que vão de coceira no local da picada a alergias.

Nas áreas verdes, há risco ainda de abelhas e vespas. Se a criança tem histórico de alergia, os sintomas podem ser mais graves, como dificuldade para respirar. Escorpiões e cobras são mais raros, mas devido ao risco de morte em virtude do veneno não devem ser ignorados.

Como prevenir?
Os cuidados para proteger o seu filho dessas companhias desagradáveis são os mesmos de anos atrás. Telas nas janelas, higiene e dedetização frequente dos ambientes.

As fórmulas dos inseticidas estão menos agressivas. Por isso, eles podem ser aplicados no quarto de três a quatro horas antes da família se deitar. Convém, entretanto, arejar o local uma hora antes. Já os repelentes de tomada devem ser colocados, de preferência, na parede oposta da cama da criança. Se o seu filho possui algum tipo de alergia respiratória, como asma ou rinite, consulte o pediatra antes.

Ao ar livre, o melhor é usar repelentes (em crianças a partir de 6 meses) infantis e roupas que cubram a maior parte da pele. “O indicado é que o repelente seja aplicado nas crianças, no máximo, três vezes por dia, e só nas áreas que ficam expostas. Mais que isso pode causar intoxicação”, diz Rubens Leite, do departamento de dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

O repelente mais eficaz deve ter uma substância chamada DEET, com percentual menor que 20% para consumo infantil. A informação vem no rótulo. O repelente deve ser aplicado sobre a roupa, antes de a criança vesti-la – mas teste antes pois pode estragar o tecido. O produto pode ser usado a partir de 2 anos.

Lembre-se de que os insetos, em geral, atacam os seres humanos para se defender. Assim, para evitar as picadas de abelhas, formigas e marimbondos, por exemplo, ensine a criança a manter distância e jamais atacar as colônias. Outra medida importante é evitar brincadeiras perto de buracos, telhas e madeiras.

Primeiros socorros
No caso de picadas de insetos, tire o ferrão (se houver) da pele e, em seguida, lave o local com água e sabão. Depois, use uma pomada antiinflamatória indicada pelo pediatra e deixe a unha do seu filho sempre curta, assim ele não irá se arranhar ao coçar. Observe, então, as reações da criança.

Se ela tiver dor, manchas vermelhas no corpo, inchaço nos olhos e na boca e dificuldade para respirar, leve-a ao pronto-socorro imediatamente. Vale a mesma recomendação se o bicho for venenoso, como cobras e escorpiões.

Repelentes naturais
Se você quiser experimentar métodos mais naturais para afugentar os pernilongos, use 1 parte de óleo essencial de citronela misturada a 3 partes de óleo-base ou corte uma laranja ao meio, espete cravos-da-índia em cada metade e coloque-as sob a cama das crianças. Confira outras dicas. Vale tentar!

Fontes: Hamilton Robledo, coordenador do Pronto-Socorro Infantil do Hospital São Camilo (unidade Pompéia); Rafael Freitas, pesquisador do Laboratório de Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz; Luciana Baptista, dermatologista da Sociedade Brasileira de Pediatria

Nenhum comentário:

Postar um comentário